'Confraria Vascaína' publica nota sobre empréstimo pedido pela diretoria
A tomada de um empréstimo de recursos no montante daqueles demandados pela diretoria administrativa não é - e não pode se tornar - um fato corriqueiro. As condições financeiras do clube exigem que qualquer passo que signifique a contração de novas dívidas seja cuidadosamente analisado pelo Conselho Deliberativo. Qualquer posicionamento dos conselheiros que signifique um afastamento das funções de monitoramento das decisões que envolvem o Club de Regatas Vasco da Gama representa uma falha nas atribuições do conselho e, por consequência, um prejuízo à governança de longo prazo da instituição.
O pedido de informações adicionais para a aprovação do empréstimo, expresso na reunião do Conselho Deliberativo realizada no dia 17 de agosto, simboliza o compromisso do Conselho Deliberativo diante de suas atribuições, de modo que os recursos entrem no caixa do clube de forma responsável, ponderada e sem prejuízos para a tão necessária recuperação das finanças do clube.
A Diretoria Administrativa, instada pelo Conselho Deliberativo, agiu com transparência nas semanas seguintes ao pedido de adiamento da decisão sobre o empréstimo, e proveu os conselheiros com novas informações acerca das finanças do clube e dos planos para o emprego dos recursos a serem obtidos no mercado.
Tendo clareza quanto aos planos da Diretoria Administrativa e certificando-se de que os recursos serão empregados de forma responsável, a Confraria Vascaína ficou satisfeita em juntar-se à maioria dos conselheiros e aprovar o empréstimo. Nosso grupo se mantém como uma oposição responsável à presidência de Alexandre Campello, demandando explicações quando necessário e sendo capaz de acolhe-las quando houver merecimento.
Lamentamos, contudo, as infelizes declarações do presidente Alexandre Campello, que segue tentando justificar os insucessos da captação de recursos para o clube com os pedidos de transparência feitos pela oposição. Êxito administrativo e transparência não são conceitos antagônicos. Pelo contrário.
Por fim, a Confraria não pode se furtar de condenar de forma veemente a agressão sofrida por dois conselheiros da Sempre Vasco após a reunião do Conselho Deliberativo. A recuperação do Club de Regatas Vasco da Gama passa pela cessação das hostilidades que marcam o processo político no clube. Infelizmente, estamos convencidos de que a agressão tem relação direta com as engrenagens políticas do clube, e esperamos que sejam dadas respostas sobre as circunstâncias e sobre os seus perpetradores e eventuais mandantes.
Sem a manutenção do diálogo e a aceitação do contraditório, não existe cenário de recuperação moral, política e financeira do Club de Regatas Vasco da Gama.
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