Política

Confraria Vascaína emite nota a respeito da reforma do estatuto

Confraria Vascaína

Nota sobre a reforma do estatuto.

A sessão do Conselho Deliberativo da noite do dia 11 de fevereiro foi a terceira de uma reunião iniciada em 28 de janeiro, com o objetivo de promover uma necessária reforma do estatuto do Club de Regatas Vasco da Gama, que é regido pelo mesmo documento desde o ano de 1979. A importância do debate acerca do novo estatuto, no entanto, não encontra eco nas condições do debate.

A votação para aprovação ou reprovação de trechos do estatuto é feita de forma confusa, com uma mistura entre aprovação do texto-base de cada capítulo e as suas respectivas emendas, de modo que grande parte dos conselheiros - mesmo os mais engajados e interessados - não parecem saber exatamente o que está sendo votado a cada momento.

Acrescenta-se ao cenário de confusão que o prolongamento da sessão do dia 28 de janeiro, sem uma nova contagem do quórum, faz com que não haja clareza sobre a quantidade de votos necessários para o bloqueio das matérias votadas. A recusa da mesa diretora em contar o número de presentes - como fez na sessão do dia 4 de fevereiro - não contribui para a transparência do processo.

Este ambiente caótico é agravado pelos constantes redesenhos, entre pequenos grupos, do texto a ser debatido, deixando de lado a versão que deveria ser discutida, que foi aquela formulada pela comissão de reforma do estatuto, cujo resultado foi tornado público aos conselheiros.

Todo o ambiente observado na reunião contribui para que o presidente Roberto Monteiro habilmente aprove aquilo que é decidido em acordos pouco transparentes, que alienam grande parte dos conselheiros, sem oportunidades para que o contraditório seja exercido em um momento tão crucial para a história do clube.

A Confraria acredita que o texto-base seja um ponto de partida para uma discussão sobre a reforma do estatuto, que deveria ser promovida por um novo conselho, refrescado por eleições que se aproximam. As eleições diretas aprovadas, deixemos que os sócios exerçam seu direito de escolha sobre os rumos da instituição. O fortalecimento da democracia no Vasco é a única saída para uma maior estabilidade política e institucional no clube, tão necessária para que possamos nos reerguer no plano nacional e internacional. Para tal, a Confraria reitera seu apoio à iniciativa da Nova Resposta Histórica, capaz de dar voz aos sócios do clube em sua demanda legítima por mudanças na administração do clube e na reforma do estatuto em si. A solução para a falta de transparência observada no processo de reforma do estatuto é a participação direta dos sócios do clube de maior vocação democrática do Brasil.

Fonte: Facebook Confraria Vascaína