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Confira entrevista com Nílton, um dos destaques do Vasco

‘Ruim da cabeça ou doente do pé?’ No caso de Nílton, nenhuma das duas opções. Afinal, sua cabeça vem fazendo bem ao coração dos torcedores do Vasco. Graças a ela, o volante já marcou dois gols no Campeonato Estadual — nas vitórias de 4 a 0 sobre o Tigres e 3 a 1 diante do Duque de Caxias, ambos com estilo de centroavante, garantindo-o como um dos artilheiros do Vasco na Taça Guanabara.

Gols dedicados à mulher, Karin, maior motivo da tatuagem que Nílton traz no braço esquerdo: “Karin, amor eterno”.

Num descontraído bate-papo com o ‘Ataque’, o volante de 21 anos ‘abriu’ a tão valiosa cabeça, revelando o segredo de seu rápido sucesso.

—Quem costuma ‘fazer’ a sua cabeça?

—Minha filha Kathlyn, de 4 anos, e, literalmente, minha mulher, Karin, que corta o meu cabelo.

—Com que freqüência?

—De duas em duas semanas com a máquina 1 que temos em casa. É mais prático do que acordar todo dia e ter de pentear o cabelo no espelho.

—Já teve piolho?

—(Risos). Graças a Deus, não. Nem em criança, no colégio. Mas quando o cabelo cresce um pouco, uso xampu para evitar pegar caspa.

—Que prato faz mais a sua cabeça?

—O filé de frango, a lingüiça e a salada da Karin. Além dos sucos naturais de maracujá e laranja. Uma delícia!

—O que não faz sua cabeça?

—Gente invejosa. Somos evangélicos e cultivamos até um pé de arruda lá em casa, para evitar o mau-olhado. O que não falta é gente querendo o mal dos outros”.

—Acha que tem gente de olho-gordo no seu sucesso?

—Sabe como é, né? Todo mundo quer jogar no Vasco. E como estou conquistando meu espaço, é bom me prevenir.

—Quem é seu guia?

—Minha mulher. Ela me guia, e eu a ela. Temos a mesma cabeça. Com a Katlhyn, somos uma família unida e isso é fundamental para minha boa fase no Vasco.

—Quando a cabeça não pensa, o corpo padece?

—Normalmente é assim. Mas a minha está muito boa e, quando isso acontece, o cara pode até chutar de canela que a bola acaba entrando (risos).

—E esses dois gols?

—São os primeiros de cabeça. O segredo é estar no lugar certo, na hora certa. Nos dois, cabeceei de olhos abertos, bem consciente do que fazia. Mas também tenho um chute forte e está nos planos fazer um de falta, em breve.

—É a veia de artilheiro?

—Tomara que continue assim. Além de um bom tempo de bola, tenho 1,85m, uma estatura boa para um volante, o que me favorece até na hora de dar aquele providencial tranco no zagueiro, para tentar cabecear.

Fonte: O Dia Online