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Confira análise tática de Vasco x Lanús-ARG

\"Foto:Não foi nenhuma atuação exuberante e convincente. Com alguns resquícios da derrota para o Botafogo, domingo passado, o Vasco venceu o Lanús-ARG por 2 a 1, em São Januário, sem convencer — mesmo que a pintura de gol feita por Diego Souza faça alguns vascaínos terem nostalgia dos áureos tempos de Roberto Dinamite e esqueça os erros cometidos pelo time. Resumiu-se a um bom primeiro tempo, com personalidade e não mostrando afobação e uma segunda etapa em que o rendimento caiu bastante, possibilitando o gol de desconto da equipe visitante, que pode se mostrar perigoso no confronto volta, semana que vem, na Argentina.

O Cruzmaltino entrou com uma formação não muito comum. Cristóvão escalou Felipe e Juninho Pernambucano atuando juntos: dois meias criativos e com capacidade para decidir em um passe ou cobrança em bola parada. Mais mobilidade e movimentação da ligação entre a defesa e o ataque.

Com cautela, o Vasco era dinâmico e atacava o adversário alterando jogadas pelo meio e pelas alas, enquanto os hermanos se seguravam atrás e faziam uma marcação que, apesar de contar com a maioria dos jogadores grenás antes da linha do meio de campo, não era tão incisiva e dava espaço a Éder Luís, que caía pelos flancos, sempre em velocidade. O primeiro gol saiu em uma jogada que se iniciou pelo lado direito: cruzamento para Alecsandro, que, com o faro do artilheiro, pôs a coxa, escorando para o fundo das redes: 1 a 0. O Lanús-ARG respondia em alguns poucos ataques, ainda assim perigosos — Dedé, a cada jogo, se mostra mais necessário e vital ao sistema defensivo da equipe.

Já o segundo tento dos donos da casa não foi apenas um balançar de redes. Foi um verdadeiro golaço de Diego Souza, que chapelou Braghieri e finalizou de primeira: 2 a 0.

Não se sabe o que houve, porém, que o Vasco voltou com outra postura no segundo tempo. Talvez achando que o confronto já estava definido, ia ao ataque, mas sem a incisão de antes. Eis o erro: achar que uma equipe argentina está entregue. Os comandados de Gabriel Schurrer, então, foram para cima e tinham em Regueiro sua principal referência no campo ofensivo. E foi dele o gol de honra do Lanús: matou no peito, após falha de Fagner, e fuzilou, estufando o barbante.

A substituição de Felipe pelo seu xará, Bastos, foi o ápice da ira da torcida do Gigante da Colina, que começou a vaiar e xingar incessantemente Cristóvão, Carlos Alberto entrou também. A exemplo de outros duelo,mostrou-se participativo e jogou bem.

Agora, é jogar o mesmo que nos 45 minutos iniciais para levar a vaga no país vizinho.

Fonte: SRZD - Sidney Rezende