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Confira a trajetória de Antonio Valencia, alvo do Vasco

Valencia foi oferecido para o Vasco e, depois de assustar o clube carioca em termos financeiros, ele parece mais próximo de se encaixar na realidade de São Januário e ser contratado para reforçar o time no Campeonato Brasileiro. Também pudera: especula-se que ele ganhava cerca de R$ 680 mil na LDU, clube que em 2019 investiu alto para repatriar o jogador, provavelmente o equatoriano que mais fez sucesso no futebol europeu.

Foram dez temporadas no Manchester United, com papel importante dentro do elenco dos Red Devils, antes de retornar ao país de origem. A chegada não foi fácil. Ele precisou se adaptar ao que encontraria em Quito, revela Andrés Muñoz Araneda, repórter da Rádio FM88, do Equador:

— Ele sofreu um pouco para se adaptar à altitude da cidade (2.850 metros acima do nível do mar). Depois foi ganhando forma, pegando ritmo.

Fisicamente, impressionou os equatorianos, apesar de não ter jogado tanto. Foram 11 jogos no Campeonato Equatoriano de 19 possíveis. Chegou à LDU aos 33 anos, depois de passar uma temporada inteira de poucos jogos pelo United, por causa de lesões. Foram dois estiramentos e uma lesão no joelho que fizeram com que Valencia perdesse quase três meses no departamento médico na Inglaterra.

— Valencia é muito profissional, tem capacidade física para jogar na América do Sul. Ele não perdeu a parte da explosão que fez com que tenha jogado por tantos anos com êxito na Premier League — afirmou Jerry Robalini, repórter da rádio equatoriana Huancavilca.

Três coisas impediram que o casamento entre Valencia e a LDU fosse mais duradouro. A primeira, o Delfín, time equatoriano que disputou com a equipe de Quito a supremacia na temporada. Valencia foi campeão da Copa do Equador e da Supercopa do Equador, em cima do Delfín. Faltou o Campeonato Equatoriano. A LDU ficou com o vice-campeonato ao perder a decisão para o — advinhe — Delfín.

A outra foi a pandemia. Antes da parada no calendário do futebol por causa da Covid-19, Valencia vinha com boa pegada em 2020. De oito partidas possíveis, disputou sete, todas elas em campo durante os 90 minutos. Para completar, o lado financeiro pesou. Com a diminuição nas receitas causada pela pandemia, as partes decidiram romper contrato. Valencia já está há três meses sem clube e usa as redes sociais para mostrar como tem feito exercícios por conta própria enquanto não tem uma nova equipe para defender. Talvez ela seja o Vasco.

— Ele se exercita, cuida do corpo. Não tem problema nenhum em jogar em alto nível no Brasil. Acho que pode render muito — afirmou Andrés Muñoz Araneda: — Na LDU, foi lateral-direito e até jogou como primeiro volante e foi muito bem. Com a idade, ficou versátil. Ele tem técnica e nível físico para jogar com qualidade no Brasil.

Fonte: Extra Online