Confira a história de Friaça, ídolo do Expresso da Vitória
A torcida cruzmaltina canta a plenos pulmões em São Januário: \"Vasco, tua glória é tua história, é relembrar o Expresso da Vitória\". Um dos ídolos quase caiu no esquecimento por causa da derrota do Brasil para o Uruguai em 1950: Friaça. Ao lado de Maneca, Jair, Rosa e Chico, o ponta-direita fez sucesso pela equipe carioca e conquistou o título invicto do Sul-Americano de 1948.
A história de Friaça no Vasco começou em 1943. O ex-jogador defendeu o Ipiranga, de Carangola (MG), em um amistoso com os vascaínos e se destacou, sendo contratado pelo técnico Ondino Vieira. Após empréstimo ao Botafogo, voltou ao Vasco para integrar o Expresso da Vitória e começar uma seqüência de conquistas: campeão carioca invicto de 1945, do Torneio Municial de 1946, carioca invicto e do Torneio Municipal de 1947, e sul-americano invicto de 1948.
Em 1949, o atacante trocou o Vasco pelo São Paulo. E já chegou arrebentando: campeão invicto paulista e artilheiro do Estadual (24 gols), em um time que ainda contava com Leônidas da Silva.
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O casacao da delegação da seleção em 1950: guardado por Friaça até hoje- Ele era habilidoso, rápido e bom chutador. Chutava muito bem mesmo. Não chamava atenção pela técnica, mas era um jogador interessante. Eu gostava muito dele - analisa Evaristo de Macedo, que, pelo Flamengo, chegou a enfrentar Friaça nos anos 50.
Na Copa do Mundo de 1950, a rivalidade entre cariocas e paulistas afetou pouco Friaça. Por ter feito parte do Expresso da Vitória - base da seleção - e artilheiro pelo São Paulo, o ponta não gerava reclamações de nenhum lado. Mas não era titular. O jogador só conseguiu vaga na equipe para disputar a final com o Uruguai porque Maneca se machucou. Friaça entrou contra a Espanha (vitória por 6 a 1) e contra o Uruguai, fazendo o único gol do Brasil em uma final de Mundial no Maracanã (derrota de 2 a 1).
- Friaça virou ponta na seleção, com o Flávio Costa. Ele jogava também de centroavante. Mas era um ponta clássico, ia bem ao fundo, cruzava e arriscava chutes a gol, pois batia bem na bola - conclui Evaristo.
Em 1953, o ex-ponta foi um dos primeiros jogadores a encarar a rivalidade de Campinas e trocou a Ponte Preta pelo Guarani, no qual trabalhou também como técnico das categorias de base.
Ficha de Friaça:
Nome: Albino Friaça Cardoso
Nascimento: 20/10/1924, em Porciúncula (RJ)
Clubes: Vasco, Botafogo, São Paulo, Ponte Preta e Guarani
Títulos:
Vasco: Carioca (1945, 1947), Torneio Municipal (1946, 1947), Sul-Americano (1948)
São Paulo: Paulista (1949)
Seleção: 13 jogos, 8 vitórias, 2 derrotas, 1 gol
Títulos: Copa Rio Branco (1947, 1950), Taça Oswaldo Cruz (1950) e Campeonato Pan-Americano (1952)
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