Confira a entrevista coletiva de Zé Ricardo após derrota para o Bahia
O domingo foi de mais um golpe duro para o torcedor vascaíno. Após nova derrota por 3 a 0 para o Bahia, em Salvador - dessa vez pela 7ª rodada do Campeonato Brasileiro -, o treinador Zé Ricardo destacou a dificuldade de montar a equipe com uma chuva de desfalques (foram 11 jogadores fora da lista de relacionados).
Em coletiva na Fonte Nova, Zé lamentou o calendário apertado do futebol brasileiro, mas adiantou que o momento é de dar moral para os jogadores que procuram espaço no time.
- É o calendário do nosso futebol, infelizmente. Não só o Vasco, mas todos sofrem com isso. Prejudica. A gente costuma a falar de quem está entrando, não quem está saindo, mas quando você chega com uma dezena de jogadores sem condição realmente é difícil manter o nível. Agora é dar moral para quem está disponível, treinar esses dias que vamos ter e virar a página na quarta-feira - falou Zé.
O Vasco busca a reabilitação no Brasileirão na quarta-feira: às 19h30 (de Brasília), em São Januário, a equipe encara o Paraná, em partida válida pela 8ª rodada.
Veja outros trechos da coletiva de Zé Ricardo:
Novo 3 a 0 contra o Bahia
A gente não tem como linkar um resultado no outro (duas derrotas por 3 a 0 para o Bahia). Mesmo tendo sido numericamente igual, foi um jogo diferente. Até o primeiro gol do Bahia estávamos nos comportando bem, mas a partir do gol e da expulsão do Leandro (Desábato) as coisas complicaram. Em dois lances no final criou o placar. Não tem muito o que lamentar, nem tentar explicar. Saímos daqui entendendo que o placar foi elástico demais para o jogo.
Falta de opções
(A falta de opções) preocuparia qualquer um, a mim não é diferente. O lado bom disso é que podemos tentar dar alguma experiência aos nossos meninos. Talvez não seja o momento ideal, devido a pressão, mas isso vai amadurecendo eles também. Pouquinho a pouquinho é recuperar o pessoal que está fora para a gente poder fazer um campeonato mais próximo daquilo que a gente quer.
Defesa do Vasco
Eu tenho que ver o jogo mais com calma. O Bahia tem um jogo bem característico, a gente sabia. Um primeiro tempo bem igual, uma oportunidade clara para cada um. No segundo tempo, é natural que a equipe da casa coloque um ritmo maior. A entrada do Régis deu outro ritmo no jogo deles. Depois do primeiro gol e, logo em seguida, a expulsão do Desábato fica difícil. Jogar contra uma equipe que joga bem no contra-ataque, já foi assim contra o Blooming. Pecamos em alguns erros individuais. Não tem o que lamentar, só olhar para frente.
Infelicidade de Kelvin
Lamentável (a lesão de Kelvin). A gente estava colocando ele aos poucos, porque a gente sabia que, depois de tanto tempo parado, é natural um pouco de tempo para se recuperar. Hoje a gente já sabia que ele não ia aguentar o jogo todo, mas iniciamos com ele, até pelas opções que tínhamos. Esteve bem enquanto no jogo, mas infelizmente sentiu a lesão. Vamos avaliar certinho, o departamento médico ainda não passou nada. Vamos ver com quem poderemos contar quarta-feira.
As lesões
Começamos muito cedo (a temporada), na pré-Libertadores. Tive uma pré-temporada conturbada e bem prejudicada em relação a isso. Fizemos jogos sempre muito no limite para tentar chegar na fase de grupos. Conseguimos. Chegamos até a semifinal do Carioca, que são mais jogos. Depois uma luta muito grande essa semana para jogar o clássico contra o Flamengo, sempre um jogo diferente, e ainda tentar fazer dois gols contra a La U em Santiago. Duas viagens, uma para Santiago, outra para Salvador. É o calendário do nosso futebol, infelizmente.
Afastados
O presidente é soberano. A decisão que ele tomar a gente acata. Foi uma decisão institucional, não cabe a mim falar se foi justa ou não, quando volta ou quando fica. A gente é profissional do clube, vamos dar condição a quem tiver disponível. Não posso afirmar o que pode acontecer.
Fonte: ge