Complementos. Confira a análise tática de Vasco 1 x 0 São Paulo
Ainda bastante desfalcado, o Vasco foi à São Paulo, objetivando resgatar as boas atuações, que não se viram nos últimos jogos. Pela frente, o tricolor do Morumbi, invicto em seu estádio, embora também desfalcado e em processo de transição de trabalho.
Para surpresa da torcida vascaína, que andava meio descrente com o time, devido às recentes perdas de jogadores importantes e às últimas más atuações, o gigante da colina voltou a jogar bem, e bateu o time paulista: 1 a 0.
Cristóvão Borges mandou o cruzmaltino a campo em um 4-3-2-1, típico desse time, desde que Ricardo Gomes desembarcou em São Januário para conquistar o Brasil no ano passado.
Dificuldades, porém, não faltaram ao treinador na escalação da equipe. Além dos muitos desfalques, Cristóvão Borges tinha a incógnita de poder ou não contar com o recém contratado volante Wendel.
Mesmo com apenas cinco dias de treinamento, dos dez previstos, a comissão técnica achou melhor usá-lo, apesar de não estar 100% fisicamente, bem como sem ter qualquer tipo de entrosamento com o restante do time.
A aposta foi bem sucedida. Wendel atuou como volante pela esquerda, tal qual foi abordado no último post dessa sessão tática. Nílton, ficava mais atrás na proteção frente à zaga, e Juninho atuava como volante pela direita.
William Barbio pela direita e Diego Souza pela esquerda eram as armas ofensivas regidas por um Alecsandro bem participativo e centralizado.
O time mais uma vez estava muito bem armado por Cristóvão Borges. A diferença agora era que os jogadores faziam tecnicamente partidas muito boas. Fágner há tempos não jogava tão bem. Nílton foi firme e seguro. Wendel deu dinamismo e qualidade ao meio de campo, fazendo uma boa estreia. Juninho foi o de sempre: fora de série. William Barbio, extremamente voluntarioso, esteve muito bem. Alecsandro teve movimentação destacável.
Somando, então, o sucesso na escalação e armação tática da equipe às boas partidas individuais dos jogadores, o Vasco fez uma excelente partida frente ao São Paulo. Sem oferecer a mínima chance do rival reagir e apresentar o fator casa como vantagem.
No segundo tempo, o time se manteve sempre intacto taticamente, mesmo com as substituições. A única e sutil diferença foi no recuo automático dos pontas Diego Souza e William Barbio, formando um 4-1-4-1. Na prática, a ação não trouxe grandes alterações.
Nessa excelente vitória vascaína o destaque vai para a somatória mais importante do futebol. O destaque vai para a harmonia entre os aspectos tático, técnico, mental e físico. O primeiro, muito em função do treinador que conseguiu, mesmo com tantas dificuldades, colocar uma equipe extremamente competitiva em campo.
E da nova vitória do gigante da colina, a reflexão que fica é: Ninguém caminha sozinho no futebol. Jogar bem e vencer requer méritos e esforços de todos. Jogadores, treinador, comissão técnica. E, portanto, tenhamos sempre em mente a consciência para julgar um trabalho: o treinador não é herói, nem vilão. Apenas parte do processo. Parte!
Hoje brilhou Cristóvão, amanha fracassa Cristóvão. Quando a maior verdade é que nem tudo de Cristóvão depende...
Por Igor Rufini
@igorfrufini
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