Como pontos de visto de trabalho deixam Andrey Santos mais perto do Vasco
Para isso, precisa que ele acumule 15 pontos dentro dos critérios adotados pela FA (Football Association) desde 2020, quando o Reino Unido deixou de fazer parte da União Europeia.
Atualmente, ele soma apenas três. A transferência para o Palmeiras, desejo do jogador, daria a Andrey Santos os pontos necessários para ter o visto de trabalho concedido, graças à disputa do Brasileiro e da fase de grupos da Libertadores. Mas o alviverde não aceitou ser apenas um ponto de passagem para o volante e o Chelsea resolverem seu problema. Diante do impasse, acabou desistindo da contratação.
Sobrou o Vasco, que não oferecerá os pontos necessários. Mas que aceita duas condições que podem tornar o desejo do Chelsea possível. O primeiro, liberar Andrey Santos para o Mundial Sub-20. O segundo, não tê-lo a partir de julho, quando começam os treinos de pré-temporada na Inglaterra.
O Mundial Sub-20 é inegociável para o Chelsea no caminho que o clube inglês vislumbra caso negocie Andrey para o Vasco. Isso porque conta com o desempenho do jogador na competição para tentar convencer a federação inglesa de que ele merece receber os pontos que faltam.
De acordo com as regras de inscrição de jogadores no Inglaterra, ele precisa ter 15 pontos ou mais para receber a permissão. Se ele fizer entre 10 e 14 pontos, o clube que deseja inscrevê-lo pode requerer uma análise especial da banca.
Seria a alternativa, caso ele vá para o Vasco. Somaria 12 pontos e tentaria a diferença baseado no desempenho do jogador na competição da Fifa. Existe a confiança de que seria possível o acerto, convencendo os analisadores que Andrey possui nível técnico que possa enriquecer o Chelsea e o futebol inglês.
Visto para jogar na Inglaterra ficou mais fácil com o tempo
Ano após ano, cresce o número de jogadores brasileiros atuando na Premier League. Atualmente, são 33, recorde histórico. Dez anos atrás, esse número era de 13. E isso está diretamente ligado à mudança nos critérios para a inscrição de jogadores estrangeiros no país.
Alexandre Moraes, advogado e intermediário da Velop4 Sports, mora há 20 anos na Inglaterra e trabalha intermediando transferências de jogadores para o país. Ele trabalhou na venda de Wellington Silva para o Arsenal, que ficou marcada pela dificuldade que os ingleses tiveram para conseguir o visto de trabalho do atacante em 2011.
Segundo Moraes, basta ser um jogador de time de Série A por uma temporada inteira que ele já soma os pontos necessários para o visto.
- As mudanças, para os jogadores brasileiros, tornaram a ida para o futebol inglês mais fácil. Hoje, se você pegar um jogador que esteja atuando regularmente por equipes como Flamengo, Palmeiras, Atlético-MG, sempre em Libertadores, é tranquilo. Quando o Gabriel Jesus foi para o Manchester City, já foi diferente. Existiam critérios financeiros levados em consideração, quanto que o jogador havia custado, qual era sua faixa salarial. Tinha de ser uma contratação, em média, de 12, 15 milhões de euros, com um salário de cerca de 40 mil libras por semana.
Fonte: Agência O GloboMais lidas
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