Como já era previsto, Leandro Amaral não aparece no Vasco
Como esperado, o atacante Leandro Amaral não apareceu em São Januário nesta quinta-feira. Nem mesmo as ameaças do presidente do Vasco, Eurico Miranda, fizeram com que o jogador voltasse atrás em sua decisão de não mais atuar pelo Cruzmaltino.
Desta maneira, a tendência é que a confusão envolvendo o avante seja ainda mais agravada. Irritado com a postura da diretoria do Fluminense, clube que briga diretamente pelo jogador, o "manda-chuva" da Colina disse, nesta quarta, que não há qualquer possibilidade de chegar a um acordo com o Tricolor.
"Ele (Leandro Amaral) interessa ao Vasco, queremos que ele se reapresente logo e treine normalmente. Ai sim, se alguém fizer proposta podemos conversar. Menos com o Fluminense. Aí não tem conversa. Pois esse clube teve e continua tendo uma postura antiética", afirmou Eurico,, nesta quarta-feira.
Um dia antes, porém, Heraldo Panhoca, advogado que cuida dos direitos de Leandro Amaral, havia negado a informação de que seu cliente teria de se reapresentar ao clube de São Januário. Surpreso, ele reagiu com ironia.
"Como é que é? Desconheço totalmente esta informação. Na minha visão não há nada disso, o processo ainda está em andamento e não tem essa história dele voltar ao Vasco nesta semana", disse, em entrevista ao UOL Esporte.
Nesta sexta-feira, às 17h, o presidente cruzmaltino concederá uma entrevista coletiva em São Januário, para explicar de maneira detalhada todo o caso. Além disso, Eurico vai esclarecer também o fato de ter sido obrigado pela justiça a cumprir serviços sociais durante um ano e meio.
Esta punição foi imposta ao dirigente por desobediência a uma ordem judicial de busca e apreensão de documentos contábeis na sede do Vasco. A sentença foi imposta pela 8ª Vara Federal Criminal
Entenda o caso Leandro Amaral
O imbróglio entre Leandro Amaral e Vasco começou em dezembro de 2007. Para ser jogador do Fluminense, o atacante entrou na Justiça e conseguiu uma liminar. Já o Vasco, alegando quebra de contrato, pedia o valor da rescisão para liberá-lo (R$ 9,04 milhões).
No dia 27 de fevereiro, o juiz da 33ª Vara do Trabalho, Múcio Nascimento Borges, considerou o contrato de Leandro Amaral válido com o Vasco. Após a sentença, o jogador foi obrigado a deixar o Fluminense. O contrato do atleta na CBF e na Ferj foi "recolocado" no Cruzmaltino
Após duas tentativas frustradas, o advogado do atleta, Heraldo Panhoca, enfim, conseguiu uma liminar, no último dia 19, que tirava Leandro Amaral do Vasco. Porém, no dia 27 de março, o departamento jurídico cruzmaltino obteve nova vitória sobre o jogador.
A última cartada de Heraldo Panhoca aconteceu no dia 9 de abril. Porém, o pedido de liminar foi negado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.
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