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Comentaristas falam sobre a expectativa do desempenho do Vasco no Brasileiro

Talvez a pergunta que Maurício Barbieri, jogadores e dirigentes do Vasco mais ouçam seja: até onde o time pode chegar no Campeonato Brasileiro? É normal que, após duas temporadas na Série B e com um elenco praticamente todo reformulado, existam mais dúvidas do que certezas em relação a como o clube vai se comportar no seu retorno à elite.

O Campeonato Carioca deu uma perspectiva após o time se portar bem nos clássicos, mas a amostra ainda é muito pequena para uma competição tão disputada e longa como o Brasileirão. Além disso, a precoce eliminação para o ABC na segunda fase da Copa do Brasil e a derrota no amistoso contra o Athletic-MG geraram questionamentos sobre a qualidade e a maturidade do elenco. Sem estipular metas, diretoria e comissão técnica prometem uma equipe competitiva dentro da competição.

Diante do cenário, a poucos dias da estreia contra o Atlético-MG, sábado, às 21h, no Mineirão, ouvimos os comentaristas do Grupo Globo, que falaram sobres suas expectativas e apontaram qual será o provável papel do Vasco no Campeonato Brasileiro. A maioria acredita em um desempenho mediano e sem sustos, longe da briga no topo da tabela, mas também distante da confusão da zona de rebaixamento.

Lédio Carmona

"O Vasco tem um início de tabela bem complicado, contra Atlético-MG, Palmeiras, Bahia e Fluminense. Uma tabela bem sofrida para um time ainda em formação. Mas pelo desempenho nos jogos importantes do Campeonato Carioca e pelo elenco, acho que o Vasco vai fazer um campeonato de meio de tabela, sem sofrimento, sem sufoco e sem pesadelo para o torcedor.

Pode quem sabe pegar uma oitava ou nona vaga na Libertadores? Pode até ser. Mas acho que tem mais cara de time que vai ficar entre 10º e 12º lugar, sem muito sufoco, para ficar na Série A mais um ano, fazer uma transição e vir mais forte em 2024, com elenco mais bem estruturado, e com a SAF mais amadurecida. Acho que esse é o caminho. O time do Vasco é bom, tem caráter e deve fazer um campeonato mediano. É o que o desempenho do Vasco até agora sugere, um campeonato de meio de tabela".

Pedrinho

"Como há alguns anos vem subindo e caindo, o Vasco precisa de tranquilidade para manter uma regularidade e voltar ao nível que sempre teve historicamente. Para isso, é importante somar o máximo de pontos possíveis nessas dez primeiras rodadas, com jogos muito difíceis, para se distanciar da zona de rebaixamento e ter tranquilidade.

Digo isso porque automaticamente, mesmo com jogadores diferentes daqueles que caíram para a Série B, eles carregam a responsabilidade dos últimos anos. Então tendo tranquilidade em termos de pontuação, automaticamente esses jogadores vão ter mais tranquilidade e mais confiança para arriscar um pouco mais e melhorar o seu jogo. Assim o Vasco pode ter um desempenho melhor dentro da competição e pode começar a pensar em classificação para competições internacionais, como a Copa Sul-Americana ou a Libertadores, dependendo do nível de pontuação que o Vasco alcance.

Mas nesse início o Vasco tem que somar o máximo de pontos possíveis para acabar com qualquer sombra e proximidade da zona de rebaixamento. E o decorrer do campeonato vai falar muito sobre o que será o Vasco dentro da competição. Mas esses primeiros dez jogos podem definir muito como será o restante de Campeonato Brasileiro do Vasco".

Renata Mendonça

"O papel do Vasco nesse retorno à Série A é não sofrer. E não cair no risco de se iludir e sonhar mais alto do que pode alcançar. É preciso manter os pés no chão para se consolidar na Série A, construir um trabalho mais consistente e aí, sim, ir almejar mais.

Foram muitas quedas na última década, e o Vasco acabava disputando a primeira divisão sempre com o risco do rebaixamento iminente. Agora precisa manter a regularidade para garantir o meio de tabela sem sofrer. Pode conseguir mais? Pode. Mas o primeiro objetivo é esse: não frequentar o Z-4, não flertar com ele.

Sem disputar outras competições, o Vasco vai poder focar seu elenco no Brasileiro e buscar a regularidade que é tão difícil de manter em 38 rodadas. A partir de 2024, com a SAF já consolidada, o planejamento pode ousar um pouco mais. Para esse primeiro ano de retorno, pés no chão, campeonato sem sofrimento e, quem sabe, classificação para Sul-Americana. Esse seria o gabarito. O que vier além disso é lucro".

Fonte: ge