Política

Com transição indefinida, batalha judicial ganha novos capítulos no Vasco

Enquanto, publicamente, Alexandre Campello, presidente do Vasco, sugere que Jorge Salgado e Leven Siano possam dialogar em busca de uma solução para o imbróglio que envolve a escolha do novo mandatário, nos bastidores, a batalha judicial ganha novos capítulos e ainda sem expectativa para um ponto final. Paralelamente, a transição do poder à frente do clube está travada e com importantes pautas pendentes.

Tanto membros da chapa "Mais Vasco" quanto da "Somamos" demonstram confiança de que há argumentos suficientes para saírem triunfantes deste combate e serem declarados vencedores pela Justiça. Neste momento, uma conversa parece algo distante no horizonte cruz-maltino.

Ontem (17), Salgado ingressou com um pedido de reconsideração da decisão que determinou que a eleição acontecesse de forma presencial, no dia 7, em São Januário — informação foi publicada, primeiramente, pelo "ge".

Em meio às diferentes interpretações do que ocorreu nas últimas semanas, as chapas já "iniciam trabalhos" e tentam estruturar uma possível futura gestão.

Leven Siano teve mais votos na eleição que aconteceu no dia 7, marcada na noite anterior, que foi suspensa pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Já Jorge Salgado foi o escolhido em corrida eleitoral no dia 14. Porém, no mesmo dia, uma movimentação no STJ fez com que Leven se declarasse eleito, mas tal resultado ainda não foi concretizado.

Enquanto isso, o atual presidente, Alexandre Campello, se mostra de mãos atadas em alguns assuntos que dependem de reuniões com a próxima diretoria para que pontos possam ser alinhados, como a negociação pela compra dos direitos econômicos do meia argentino Martín Benítez e a reforma de São Januário.

"A última notícia que tenho [sobre a contratação em definitivo de Benitez] é que tem um candidato [Leven Siano] que já contratou. Difícil caminhar com uma situação com essa. A nossa ideia era usar nossos parceiros em um projeto capaz de arrecadar os recursos para essa contratação. Mas toda essa situação [eleições] gera uma insegurança grande nos nossos parceiros. Temos até [15 de] dezembro para resolver. Vai depender muito da decisão da Justiça sobre a eleição. A partir daí podemos retomar as conversas junto com o Independiente e com o presidente eleito", disse o Campello.

Terceira eleição?

Em coletiva realizada ontem (17), Campello chegou a sugerir a realização de uma terceira eleição apenas entre os líderes da chapa "Mais Vasco" e "Somamos". Porém, vale ressaltar que, de acordo com o estatuto do Cruz-Maltino, o pleito presidencial deve acontecer "na primeira quinzena de novembro", prazo este já findado, o que indica que, para a ideia ir à frente, alguns obstáculos teriam de ser superados.

Fonte: UOL