Com salário de R$ 60 mil, Ramon está esquecido no Vasco
Ninguém dúvida da qualidade técnica do apoiador Ramon. Dono de um currículo invejável, passou por grandes clubes brasileiros e conquistou títulos importantes como o Brasileiro de 1997 e a Libertadores de 1998 pelo Vasco, Copa do Brasil de 1993 e a Supercopa da Libertadores de 1992 pelo Cruzeiro, entre outros. No entanto, o jogador atravessa um momento delicado na carreira. Marcou poucos gols na temporada e vem sendo substituído constantemente. E para piorar, está fora do time há cinco jogos. Impaciente, a torcida vascaína quer entender o que se passa com o jogador, que tem evitado conversar com a imprensa.
Segundo o médico do clube, Alexander Montenegro, Ramon teve uma virose e na seqüência sentiu problemas musculares nas costas. O apoiador já iniciou a recuperação física e a previsão é de que esteja à disposição do treinador para a próxima partida da Sul-Americana, com o Corinthians, no dia 13.
Fora os problemas de ordem médica, o jogador está longe da sua melhor forma técnica, como provam os números de sua terceira passagem pelo time cruzmaltino. Nesta temporada, foi o jogador que mais vezes foi substituído no clube: 24.
Nas 14 partidas que disputou no Brasileiro foi sacado 12 vezes. Na Copa do Brasil os números também não são muito diferentes. Em dez jogos, saiu em oito e no Estadual foi substituído em metade das partidas que atuou.
O apoiador, que sobressaiu no futebol por seu toque de bola refinado e pela habilidade na cobrança de faltas, também anda com a pontaria enferrujada. Nos 39 jogos da temporada marcou apenas 11 gols (cinco em amistosos), média de 0,28%. O último gol de falta foi no dia 30 de janeiro, no amistoso com a equipe angolana Sagrado Esperança.
Levando em consideração que o teto salarial do Vasco é de R$50 mil, Ramon é um privilegiado: ganha cerca de R$60 mil. Portanto, cada gol na sua volta ao Vasco custou quase R$ 6 mil.
Números bem diferentes de sua segunda passagem pelo clube. Em 2002, Ramon marcou 21 gols em 27 partidas, média de 0,77%, quase o triplo do rendimento atual.
A torcida espera ansiosa que o jogador reeencontre o bom futebol, que encantou a todos na conquista da Libertadores, do Brasileiro de 1997 e em 2002. A bola também.
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