Com Joel, Vasco leva menos cartões do que com Adilson. Veja!
A derrota para o Santa Cruz deixou o Vasco na terceira posição no Campeonato Brasileiro da Série B. Em número de cartões, o time de Joel Santana também deixou a ponta da tabela. Com 83 cartões amarelos, a equipe segue com alta média de 2,7 advertências por partida - inferior aos 2,9 amarelos de média que marcava com o ex-treinador Adilson Batista e acima das 2,2 advertências por partida de Joel Santana à frente do Vasco. Na vitória sobre o América-MG em Belo Horizonte, sob comando do auxiliar Jorge Luiz, o time recebeu cinco amarelos no estádio Independência.
Hoje, o líder de cartões na Série B é o Ceará, com 93 cartões. Vasco e Oeste dividem a segunda colocação, com o Náutico fechando o "pódio da indisciplina". Mas até o fim da era Adilson, o Vasco era o recordista de amarelos, com 56 advertências em 19 jogos. Apesar da experiência e da diminuição no número de cartões amarelos com a equipe a seu comando, Joel não conseguiu evitar novos desfalques por infrações e advertências durante as partidas. Mas apenas com ele o time saiu de campo uma única vez em todo o campeonato da Série B sem levar sequer um cartão amarelo. Foi na vitória sobre o Joinville em São Januário.
Nos 10 jogos que tem à frente do Vasco, Joel viu seu time receber 22 cartões amarelos e também sofreu com desfalques. Para o próximo jogo, contra o América em Natal, o Vasco não terá Fabrício, suspenso após o terceiro cartão amarelo na derrota para o Santa Cruz. O treinador ainda analisa quem deve começar o jogo. Dakson pode entrar no meio de campo ou até mesmo Maxi, que chegou a fazer a dupla de criação com Douglas no segundo tempo no Recife.
Para alguns jogadores, o alto número de cartões amarelos se explica também pelas características da competição e até pela campanha de recuperação que o Vasco fez após uma largada ruim. Na semana passada, Guiñazu, o recordista de suspensões e cartões na temporada pelo Vasco - com mais de 20 advertências -, lembrou que preferia levar o cartão ao ver o time sofrer com uma chance de gol para o adversário.
- Joguei sempre assim e não vou mudar agora, com 36 anos. Gosto muito de ver futebol e, às vezes, vejo que sai gol porque o cara não quis fazer uma falta, e aí ninguém fala nada. Se tivesse cortado o lance, não teria saído o gol - disse o jogador argentino, que somou mais um amarelo para a coleção, na partida contra o Santa Cruz.