Futebol

Com Eurico, festa do Clube dos 13 vira palanque

Nesta sexta-feira, o Clube dos 13 organizou um almoço para representantes dos seus 20 membros no Hotel Renaissance, em São Paulo. Durante o evento, o clube apresentou os seus planos de expansão para Ásia e Oriente Médio, como a Máquina do Esporte antecipou na última quinta-feira. Porém, a cerimônia também serviu para reivindicações políticas por parte dos dirigentes.

A primeira manifestação partiu do ex-presidente do Clube dos 13, Afonso Paulino. No momento em que recebia uma homenagem no palco montado dentro do restaurante, o dirigente quebrou o protocolo e pediu a palavra ao mandatário do Vasco, Eurico Miranda, que entregava os troféus.

“Eu faço um apelo a todos os presentes para que nós possamos mudar o futebol brasileiro. Precisamos repensar a Lei Pelé, pois dessa forma que está, ela irá acabar com os clubes”, disse Paulino.

O atual presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, também afirmou que uma das próximas metas da entidade está ligada diretamente à política desportiva.

“O Clube dos 13 participará das discussões do Estatuto do Desporto, especialmente sobre o capítulo que diz respeito ao futebol. Vamos defender os interesses dos clubes e lutar por aquilo que acreditamos ser certo para o futebol”, afirmou Koff.

A presença do Clube dos 13 no cenário político ganhou força com o início das discussões da Timemania, loteria que terá parte da sua arrecadação destinada ao pagamento das dívidas dos clubes.

Fábio Koff, ao lado de nomes como Márcio Braga, do Flamengo, e Bebeto de Freitas, do Botafogo, foi o principal interlocutor junto aos senadores e deputados durante as discussões sobre o texto da lei que iria criar a Timemania. No fim das discussões, o Clube dos 13 conseguiu que todas as suas “sugestões” fossem incorporadas à loteria.

“Muita gente tem essa imagem errada de que o Clube dos 13 é apenas um negociador de direitos de transmissão. Mas o Clube dos 13 representa os seus membros em diversos assuntos e tem uma participação muito efetiva nas discussões políticas do futebol”, completou Fernando Carvalho, ex-presidente do Internacional e atual diretor financeiro do C13.

Fonte: Máquina do Esporte