Com disciplina, Nilton vem ganhando a confiança de Cristóvão
Cristóvão Borges tem mexido bastante no meio-campo do Vasco durante este ano. Ora poupa Juninho, ora Felipe, ora coloca Diego Souza como armador, ora como atacante, usa esquema com três ou dois e até um volante. Mas, independente da armação do setor, um jogador sempre está presente. Dos dez jogos realizados pelo Gigante da Colina nesta temporada, em nove Nilton foi titular. No único que ficou fora foi por conta de uma suspensão.
O fato, claro, deixa o jogador animado. Mesmo sem querer ser rotulado de intocável ou algo similar, Nilton sabe que ganhar a confiança do treinador agora era importante já que o titular da posição (Rômulo) está lesionado. Para o volante, existe uma questão que o fez cair nas graças do treinador.
- Ele sempre me pede que eu obedeça ao esquema tático, que me preocupe em fechar o meio. Temos jogadores como Juninho e Diego Souza, que podem decidir na frente, além de dois laterais muito ofensivos. Hoje, eu avanço menos do que fazia em 2009. Meu trabalho é atuar mais fechando o meio e acho que tenho feito isso bem.
Nilton comemora não só o bom momento, como também a sequência de jogos. Em 2011, o jogador sofreu com lesões e só conseguiu voltar ao time no fim do Brasileiro.
- No último jogo do Brasileiro do ano passado, contra o Flamengo, já tinha conseguido jogar bem. Mas essa sequência realmente me fez recuperar o melhor ritmo. Fico tentando melhorar em cada jogo para chegar perto do que o Cristóvão pede e para ajudar a equipe.
Rômulo, o antigo titular da posição, está em processo final de recuperação e voltará ao time em algumas semanas. Mas Nilton não vê isso como ameaça ao seu posto.
- O Rômulo é um grande jogador. Muito inteligente. Nós dois queremos a mesma coisa: ajudar o time. O meio-campo é o setor onde tem mais disputa por posição. Não tem dono de posição. O Cristóvão vai saber como montar a equipe. Não fico pensando nisso. Tento fazer meu melhor jogo a jogo.
Além de querer se manter como titular, Nilton sonha em marcar um gol para dedicar à filha. Afinal, a menina já tem dez meses e espera isso há um bom tempo.
- Tenho que marcar logo. Daqui a pouco ela está na faculdade e ainda não ganhou o gol (risos).