Com demisão de Américo Faria, Rodrigo Caetano é o mais cotado para cargo de
A CBF anunciou neste domingo a destituição de toda a comissão técnica da Seleção Brasileira. O que não significa que alguns membros da comissão que comandou a equipe na Copa de 2010 não fiquem para um novo ciclo. A destituição oficial serviu muito mais como uma resposta a Dunga e Jorginho, que chegaram ao Brasil com o discurso de ficarem na CBF. Ricardo Teixeira deu seu recado imediato, ao contrário do que aconteceu em 2006, quando esperou para conversar com Carlos Alberto Parreira e não anunciou publicamente uma destituição da comissão técnica.
Da comissão técnica da Copa de 2010, são funcionários da CBF o técnico Dunga, o auxiliar Jorginho, o supervisor Américo Faria, o administrador Guilherme Ribeiro e o assessor de imprensa Rodrigo Paiva. Os dois primeiros não têm mais função e serão demitidos. Américo Faria pode até continuar como diretor de seleções, mas talvez deixe a Seleção principal. Rodrigo Caetano, diretor executivo de futebol do Vasco, é nome cotado para assumir a função. Rodrigo Paiva, por conta da Copa de 2014, também pode se afastar da Seleção e cuidar apenas do Mundial e da assessoria institucional da CBF.
Todos os demais membros que foram destituídos eram prestadores de serviço. Ganhavam apenas enquanto estavam trabalhando, quando a Seleção se reunia. São eles: José Luiz Runco (médico), Paulo Paixão e Fábio Mahseredjian (preparadores físicos), Marcelo Cabo e Taffarel (observadores), Luís Rosan e Odir Souza (fisioterapeutas), Barreto (roupeiro) e Denis (massagista). Muitos destes já foram destituídos outras vezes e podem voltar para um novo ciclo. Tudo dependerá muito de quem assuma o comando da Seleção na próxima semana.
Os problemas que Dunga criou ao longo de quatro anos já desgastavam o técnico com a direção da CBF. Ele entrou em rota de colisão com patrocinadores, reclamou de stands montados na Granja Comary, brigou com a principal parceira da CBF (Rede Globo) e criava constantes atritos com jornalistas. Assim, já era intenção trocar de técnico, mesmo se o Brasil tivesse vencido a Copa.
O desempenho, obviamente, não agradou. A CBF gastou muito para manter a Seleção isolada, da maneira que Dunga queria. A Seleção perdeu na mesma fase que em 2006 e teve um desempenho pior do que o de Parreira. Com um detalhe: por causa da negociação do período de preparação naquela Copa, o prejuízo financeiro foi bem menor.
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