Com baixas médias de público, estádios da Copa viram "solução"
As cinco primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro, disputadas antes da Copa das Confederações, registraram média de público de 10.813 torcedores por partida. E as arenas usadas justamente no torneio da Fifa são a esperança para melhorar este número a partir do próximo final de semana, quando a competição nacional volta a ser disputada.
Ao contrário do Brasileirão, a Copa das Confederações encheu as arquibancadas dos estádios Mané Garrinha, Mineirão, Castelão, Fonte Nova, de Pernambuco e do Maracanã: foi uma média de 50.291 torcedores por jogo. E com exceção do palco da final, que estará à disposição em 21 de julho, todos já foram liberados para o campeonato nacional.
Apenas a arena em Brasília já foi usada já no torneio. Foi a partida de abertura do torneio entre Santos e Flamengo e jogo de melhor do campeonato até aqui: 63.501 pagantes. Não por coincidência, o clube carioca irá mandar o duelo do próximo sábado contra o Coritiba no local. Mais de 41 mil ingressos já foram vendidos antecipadamente para este confronto.
Em seus outros dois compromissos como mandante, os flamenguistas registraram públicos de 8.932, contra a Ponte Preta em Juiz de Fora, e 5.033 diante do Náutico em Florianópolis.
O Cruzeiro já fez sua estreia no Mineirão, mas não pôde jogar lá no Brasileirão por causa da Copa das Confederações. A solução foi mandar jogos em Sete Lagos, interior de Minas Gerais, e resultado foi um público abaixo do esperado em partidas contra Corinthians e Internacional. A volta para casa anima a diretoria celeste.
A gente vinha com uma média muito boa no Mineirão. É uma grande atração para a torcida. Temos 30 mil sócio-torcedores, que garantem um bom público. E o investimento do Cruzeiro nesta temporada, contratando 14 atletas, devolveu ao nosso torcedor a vontade de acompanhar os jogos. Com o fechamento há dois anos e meio passamos um período crítico. A receita caiu de forma absurda e tivemos um prejuízo de R$ 30 milhões só em bilheteria, explicou Guilherme Mendes, diretor de comunicação cruzeirense.
Situação semelhante viveu o Bahia, que viu quase 40 mil torcedores acompanharem a reinauguração da Fonte Nova, mas, sem a arena e jogando no Pituaçu, ostenta média de apenas 9.317 no Brasileirão.
A Arena Pernambuco também será explorada. O Náutico abandonou o estádio dos Aflitos, onde conseguiu média de 11.718 torcedores, e irá mandar todos seus jogos no palco recém-inaugurado. A estreia será no sábado contra a Ponte Preta. E, enquanto o Maracanã não está livre, Botafogo e Fluminense duelarão também no Recife neste domingo.
O Castelão será o único dos novos estádios a ficar fora da Série A. Quem irá jogar no local é o Ceará, que disputa a segunda divisão nacional.
- SuperVasco