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Colunista compara missão impossível do Grêmio à virada histórica do Vasco

São 50 anos acompanhando futebol de perto. Quase como se futebol fosse oxigênio. Ou mais que isso.

E nunca vi alguém virar uma decisão de Libertadores da América como o Grêmio precisa diante do Boca Juniors.

E olhe que já vi coisas.

Vi, para não ir longe, a Batalha dos Aflitos, epopéia gremista, em 2005. Inacreditável até hoje e por séculos e séculos, amém.

Vi o Vasco virar uma decisão de Taça Mercosul em pleno Parque Antarctica, depois de estar perdendo por 3 a 0 para o Palmeiras, em 2000. Parecia mentira e se alguém me contasse eu não acreditaria. Mas vi.

Como vi o Palmeiras fazer 5 a 1 no Grêmio, depois de ter perdido de 5 a 0 no Olímpico, em 1995. Naquela noite, mesmo com o resultado insuficiente para que o Palmeiras seguisse na Libertadores, me convenci de que nada era impossível no futebol.

Daí ter acreditado no que o Vasco fez, em São Paulo, cinco anos depois, e na façanha do Grêmio, no Recife, 10 anos depois.

Mas, infelizmente, não estamos em 2010... E não dá para crer que o Grêmio vá virar.

Se amanhã, no entanto, por esta hora, estiver escrevendo sobre o tricampeonato do Grêmio na Libertadores, acredite que eu, cético até aonde o ceticismo pode alcançar, mas certo de que o impossível não existe no futebol, passarei, também, a acreditar na imortalidade.

E, é claro, me candidatarei, mesmo sem merecer, a ser o segundo imortal, porque o primeiro será sempre o Grêmio.

Oxalá! E saravá, tchê!

Fonte: Blog de Juca Kfouri