Futebol

Colunista cita pênalti não marcado em Rildo

O Vasco entrou em campo em Sucre como se estivesse disputando uma partida da primeira fase do Estadual, meio com a cabeça no ar. Do outro lado, o Jorge Wilstermann entendeu que em Libertadores não faltam episódios improváveis. Assim que uma goleada no primeiro jogo se transformou em uma vaga ganha apenas na disputa dos pênaltis.

Com menos de 7min, o jogo já estava 2 x 0 para os bolivianos. Dois gols de pura imaturidade, de desatenção. O gordinho Zenteno abriu o placar em um clássico cruzamento na primeira trave: ninguém o vigiou. Mal saiu a bola e já estava com o Jorge Wilsterman para novo cruzamento… e novo gol.

O jogo boliviano era todo pela esquerda de seu ataque, direita da defesa vascaína, centrado no brasileiro Serginho. A marcação de Pikachú sobre ele era frouxa. Com espaço, Serginho podia cortar para seu pé direito e lançar na área vascaína, onde os zagueiros Paulão e Ricardo não achavam a bola.

Outra diferença para o primeiro jogo foi a presença de Chávez, argentino que sabe jogar bola e só entrou no final da primeira partida. Foi dele o terceiro que deixava o jogo a um gol dos pênaltis.

Findo o primeiro tempo, o Vasco mal tinha trocado passes, não tinha ganho divididas, mal conseguia espanar bolas para o alto. Limitava-se a olhar atônito enquanto os bolivianos jogavam. Havia um efeito da altitude, mas era pequeno diante do quadro geral. Só no tempo de bola.

Após o intervalo, é verdade que o Vasco ao menos voltou mais calmo e atuando como um time de futebol na Libertadores. Jogou mal a segunda etapa, mas pelo menos jogou. Mais cansado, o Jorge Wilstermann não repetia a pressão, mas seguia perigoso pelo alto. E foi mais uma vez por ali que Zenteno marcou para se candidatar a carrasco do time carioca.

Foi lucro levar para os pênaltis porque Alex Pirulito desperdiçou o que seria o quinto gol boliviano quase no final da partida. Houve um pênalti não marcado sobre Rildo no tempo regular, não marcado pelo árbitro Wilmar Roldán. Não era uma marcação tão fácil por ser na linha, mas foi um erro capital.

Só a interferência de Martín Silva salvou os vascaínos. Pegou três pênaltis, e ainda viu seus companheiros perderem dois deles. A cobrança decisiva foi de Alex Pirulito, de novo, nas mãos de Martín Silva.

Ao final, Pikachú, um dos que mais errou no jogo, disse “Glória a Deus” pela a classificação. Estava errado. Glória a Martín Silva que redimiu seus companheiros de uma quantidade de falhas inacreditável e o Vasco de um vexame.

Fonte: Blog do Rodrigo Mattos - UOL Esportes