Colunista afirma que não houve pênalti em Lúcio Flávio
Luccas de Oliveira
Vasco e Botafogo foram protagonistas de dois clássicos opostos em 2010. O 6 a 0 vascaíno, ainda na fase de grupos da Taça Guanabara, e o 2 a 0 alvinegro na final. Dois duelos em ambientes diferentes. O Vasco não é tão melhor que o Botafogo para goleá-lo por tamanha diferença. Nem o Botafogo é tão equilibrado para vencer seu adversário de maneira tão cerebral quanto naquela final, tão importante para o título estadual.
Nesse domingo, as duas equipes se enfrentaram no Engenhão, palco que foi favorável ao time cruzmaltino em 2010. A diferença é que os momentos eram parecidos. O Vasco ainda se acerta com Celso Roth, que entendo do riscado e será ótimo para o Vasco nesse Brasileirão. Já o Botafogo conta com a competência de Joel, que faz uma equipe mediana enfrentar de igual para igual qualquer rival.
Muitos reclamam de Simon, óbvio. Achei uma boa atuação. Coerente. Não houve pênalti em Lúcio Flávio. A tomada de trás (a visão de Simon) mostra que o meia alvinegro abdicou da chance de finalizar de frente para Fernando Prass e arrastou seu pé na direção do defensor rival, que não o tocou. É aquele velho costume dos jogadores brasileiros que acham que se jogar na área é pênalti. Já Nilton, mesmo que sem intenção, agarrou a bola dentro da área. Não tem como não marcar. O único erro foi do bandeirinha Altemir Hausmman, que viu um puxão de Elton, que só fazia a parede para Jefferson marcar.
Arbitragem a parte, a partida foi equilibrada. O Botafogo tinha maior posse de bola na primeira etapa, mas as melhores chances foram vascaínas. Assim, abriu o placar com o limitado, mas esforçado Ernani, que fez ótima jogada pela esquerda e marcou belo gol. O lateral já tinha entrado bem contra o Internacional. É sempre bom ter uma sombra a Ramon. Oito minutos depois e o pênalti para o Botafogo. Herrera bateu bem, sem chances para Fernando Prass.
Na segunda etapa, a partida nem lembrava um clássico. Ficou morna, chata, com poucas chances de cada lado. O empate foi o resultado mais justo, apesar do gol mal anulado. O Botafogo sentiu e vem sentindo falta de Loco Abreu. Sua importância no esquema tático de Joel é muito significativa. No lado vascaíno, o destaque foi Jefferson, que se conseguir se livrar das seguidas contusões e encontrar sua melhor forma será titular absoluto. Tem técnica, visão de jogo, faz o time rodar. O problema é a sequência.
Vasco e Botafogo encaram esse período de Brasileirão da mesma maneira. Com os reforços chegando, tentam marcar o máximo de pontos possíveis para ajeitar a equipe durante a parada para a Copa. É a chance de brigarem por algo maior.
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