Cogitando se demitir após derrota, Doriva é convencido a ficar no Vasco
Após a quarta derrota consecutiva do Vasco no Campeonato Brasileiro, Doriva apareceu na coletiva de imprensa abatido e disse enfaticamente que não iria desistir do trabalho. De fato, a intenção do treinador campeão carioca não é deixar o clube, mas o técnico cogitou pedir demissão após a derrota para o Cruzeiro - a quarta consecutiva na competição. Uma conversa no vestiário com membros da comissão técnica, o gerente de futebol Paulo Angioni e também com a participação de alguns jogadores convenceu o treinador de desistir da ideia, embora fosse nítido o abatimento de Doriva após a partida.
As mudanças dos últimos jogos na equipe não vêm dando resultado e o time, que tinha defesa pouco vazada, já sofreu 11 gols nos últimos quatro jogos. Nos dias fora do Rio em Mangaratiba, o técnico decidiu mudar o modo da equipe jogar. Sem Dagoberto, que estava atuando como meia, e Rafael Silva, os dois estão lesionados, o treinador saiu de um esquema que tinha praticamente três atacantes para armar a equipe com três volantes.
Apesar das mudanças, os resultados negativos e a falta de gols continuam. Dos últimos três marcados desde a conquista do Carioca, dois foram de falta do zagueiro Rodrigo - um deles pela Copa do Brasil - e um foi marcado Lucas. Aliás, o baixo aproveitamento do volante, que chegou a ser titular no Carioca e fez três gols no ano, tem sido motivo de questionamentos em São Januário. Doriva conversou durante a semana com o jogador, mas preferiu retornar com Diguinho no time titular. O experiente volante saiu no fim do primeiro tempo com dores musculares.
Horas depois do jogo, a sala da presidência continuava com as persianas fechadas e de luzes acesas. Assessores e membros da diretoria se reuniram rapidamente após a partida - na segunda-feira à noite haverá um novo encontro. O cenário não é nada animador. Jogadores que chegariam para colocar a camisa e entrar em campo são caros e o discurso da diretoria até agora tem sido de pés no chão. Uma contratação por vencimentos bem acima do teto salarial de R$ 150 mil do Vasco poderia ser interpretada como desespero.
Eurico não quer a saída de Doriva, mas já reconhece que próximos resultados negativos inviabilizariam segurar o treinador. A falta de opções no mercado inibe também qualquer mudanças, mas a tendência é que não haja troca de comando até o clássico contra o Flamengo. O time enfrenta o Sport no sábado, no Recife, e depois joga contra o arquirrival em Cuiabá.
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