Futebol

Codajas muda critérios e aumenta otimismo pela formação da Libra

Puxa daqui, estica dali... e a Liga Brasileira de clubes de futebol vai ganhando forma.

Depois do aceno favorável dos representantes do bloco emergente, presentes na reunião da última segunda-feira, a proposta da Codajas Sports Kapital (CSK) ganhou novidades para a próxima conversa.

A empresa proporá a manutenção do percentual de 40-30-30 (40% em partes iguais, 30% por performance, e 30% por engajamento) na divisão das receitas igualitárias até o acumulado de R$ 4 bilhões, destinando a proporção de 50-25-25 para a quantia que ultrapassar este valor.

Alguns outros pontos foram modificados.

Por exemplo: as receitas acumuladas com a comercialização dos pacotes de mídia internacional serão distribuídas na proporção de 20-40-20 (20% em partes iguais, 40% por mérito e 40% por audiência e exibição).

Não é ainda o que desejam os clubes do "Forte Futebol".

Mas é sinal claro de interesse na flexibilização que possibilite a viabilização do acordo.

Como também na questão do "engajamento", item revisto para agradar os emergentes, que no próximo encontro serão representados por dirigentes de América-MG, Atlético-MG, Fortaleza, Fluminense e Internacional.

Entenda como...

PARTES IGUAIS - todos que disputarem a Série A receberão valor igualitário.

AUDIÊNCIA E EXIBIÇÃO - O percentual relativo a este critério levará em consideração o número de jogos exibidos e a média de audiência de cada clube nos principais mercados internacionais.

PERFORMANCE - o percentual relativo à performance obedecerá ao seguinte critério de distribuição de acordo com a classificação final na competição:
 

ENGAJAMENTO - o percentual relativo ao engajamento obedecerá aos seguintes critérios:

CRITÉRIO: Engajamento nas transmissões de streaming.

PESO: 2/5.

OBJETIVO: Recompensar clubes que gerem maiores receitas, determinado pela participação percentual de cada um na venda de pacotes de TV.

COMENTÁRIOS: A ser auferido pela base de assinantes nos pacotes de Streaming.

CRITÉRIO: Base de torcedores / consumidores.

PESO: 2/5.

OBJETIVO: Reconhece a contribuição dos clubes proporcionalmente às suas bases de consumidores e potencial de geração de receitas.

COMENTÁRIOS: A mensuração acontecerá através de pesquisa trienal, espontânea, visando auferir o número de torcedores/consumidores associados a cada clube (diferenciando torcedores de simpatizantes) e a base de consumidores da LIBRA. Realizada por instituto de primeira linha. A pesquisa terá cobertura nacional, envolvendo as capitais, regiões metropolitanas e o interior, com mínimo de 10 mil entrevistados, e os critérios deverão ser semelhantes ao utilizado para pesquisas para presidência da república.

CRITÉRIO: Engajamento do torcedor no estádio.

PESO: 1/5.

OBJETIVO: Recompensar clubes que atraiam o maior número possível de torcedores para suas partidas como mandante.

COMENTÁRIOS: Para respeitar clubes com distintos tamanhos de estádios, este fator levará em conta (com pesos iguais): 50% do critério será a média de público presente (e não pagante). 50% do critério será a taxa média de ocupação, considerando a ocupação máxima autorizada pelos órgãos públicos para cada partida.

Foi modificado também o período de transição – antes estipulado em três anos.

Agora, os clubes que disputarem a Série A organizada pela LIBRA nos cinco primeiros anos do novo ciclo de direitos (de 2025 a 2029) receberão o equivalente à média aritmética paga pela TV pela participação de cada um dos clubes nos últimos cinco anos entre 2020 e 2024.

Dinheiro que virá dos investidores ou do fundo de compensação a ser criado.

A ideia é que este fundo se origine do percentual de receitas auferidas com a comercialização dos direitos de TV.

E ele poderá ser utilizado em três finalidades: incremento das receitas dos clubes rebaixados à Série B; manutenção da receita mínima durante o período de transição; e equilíbrio financeiro entre os clubes com a maior e a menor receita ao final de cada edição do Brasileiro.

Representantes da Codajas vêm conversando com representantes de clubes estratégicos, como Atlético-MG, Bahia, Fluminense, Grêmio e Internacional, e é provável que até o encontro da próxima semana a LIBRA já reúna, pelo menos, os grandes de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e o Bahia.

Os outros, como me garante um executivo que acompanha de perto as negociações, virão à reboque.

Fonte: Blog Futebol coisa & tal - Gilmar Ferreira - Extra