Clubes não solicitam gestão compartilhada do Maraca ao governo do Rio
A alta cúpula do governo do Rio passou a tarde desta segunda-feira ouvindo os quatro grandes clubes cariocas sobre a gestão do Maracanã no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense. Porém, a proposta de gestão compartilhada não foi entregue ao governador Sérgio Cabral, segundo o secretário estadual de Esporte e Lazer, André Lazaroni.
- Em nenhum momento falou-se da criação de um consórcio dos clubes para a gestão do Maracanã. Nem o Flamengo, nem o Fluminense, nem o Botafogo nem o Vasco solicitaram isso ao governo do Estado - afirmou Lazaroni, após participar de todas as reuniões durante a tarde.
A maior reclamação veio mesmo do Flamengo, por causa dos altos custos de operação do estádio. Sérgio Cabral entrou em contato com João Borba, presidente do Complexo Maracanã Entretenimento S.A., a fim de promover o diálogo entre as partes. A reunião com o Rubro Negro foi a mais demorada, e levou mais de uma hora para ser concluída.
Maurício Assumpção, presidente do Botafogo, e Roberto Dinamite, presidente do Vasco, foram recebidos por Cabral, mas não quiseram falar com a imprensa. Segundo Lazaroni, o Botafogo está satisfeito com o modelo da parceria e o Vasco pretende mandar alguns jogos futuramente no Maracanã, mas observa os termos do acordo que o Flamengo vai fechar com a concessionária para definir os seus.
Já o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, foi taxativo em relação a uma organização entre os clubes para gerir o Maracanã.
- Estamos satisfeitos com esse modelo, que para nós tem custo zero. Uma coisa é a gente trabalhar com sonho, outra é a realidade. É legal defender uma gestão compartilhada dos clubes, mas não vejo essa realidade próxima. Os clubes não conseguem se organizar para ver questões fundamentais do futebol brasileiro, como calendário, por exemplo. A única união que existia era na negociação da televisão, e nem isso existe mais - pontuou Siemsen.
Assim, por ora, a ideia de que os clubes possam gerir o Maracanã foi deixada de lado. O governo estadual ainda vai responder ao Complexo sobre a proposta de mudanças no contrato, após desistir da demolição dos equipamentos no entorno do estádio, que estava prevista orginalmente no contrato de concessão.
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