Futebol

Clubes manifestam receio sobre o modelo do fair play financeiro da CBF

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No cenário atual, não seria possível projetar crescimento operacional suficiente para atender às exigências impostas no programa de sustentabilidade financeira previsto para ser iniciado em 2026.

O Corinthians se vê sem perspectiva de injeção externa de capital que viabilize o cumprimento das obrigações sem comprometer as atividades do dia a dia.

A ameaça de uma recuperação judicial já estava no horizonte após relatório da Ernst & Young.

As consequências para os clubes já em recuperação judicial também geraram preocupação no Vasco, que avaliou os pontos do modelo para entender como será afetado. A CBF ficou de tirar dúvidas dos clubes a partir desta segunda-feira, mas já há uma sinalização de que a proposta apresentada não terá modificações em seu sistema de controle.

A principal queixa do Corinthians se dá pela exigência de adequação imediata aos novos vencimentos a partir de 01/01/2026. Essa condição incentiva o clube a priorizar despesas do futebol em detrimento a outras despesas, reduzindo drasticamente a capacidade de honrar compromissos previamente assumidos.

Outra preocupação do Corinthians passa pela obrigação de se manter a média da folha de pagamento do elenco profissional igual à média dos próximos três meses após a implementação do programa. A transição neste ponto do projeto está prevista para acontecer até 2028, mas os pontos de fiscalização já se iniciam em 2026.

Os clubes em recuperação judicial também não poderão se endividar em janelas de transferências: o valor investido em compras deve ser igual ou menor que o das vendas. O Vasco, que teve seu plano aprovado pelos credores no início de outubro, gastou alto em contratações e salários na última janela.

O Cruz-maltino tende a ser um dos últimos a passar pelo processo de transição em relação às contas do futebol. Em uma primeira violação, o clube que descumprir as regras poderá apresentar um plano de ação e ficará em monitoramento. A expectativa é que a CBF crie um órgão específico para fiscalizar o descumprimento.

Fonte: Agência O Globo