Futebol

Clubes enfrentam problemas em transmissões do Carioca

A tão sonhada recuperação do dinheiro perdido com a rescisão do antigo contrato de televisionamento do Estadual ainda parece distante dos clubes cariocas.

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E por dois motivos;

O primeiro: a venda de patrocínio na transmissão em TV aberta não prosperou - quando se decidiu pelo formato e veículo, o mercado já estava fechado.

O segundo: a tentativa de fazer novas receitas com os pacotes oferecidos pelos canais de TV dos próprios clubes por ora esbarra em problemas tecnológicos.

Moral da história: os pequenos, que chegavam a receber até R$ 3 milhões pela participação, agonizam sem ter como bancar seus custos.

Os jogadores do Bangu, sem receber salários há alguns meses, já cruzaram os braços nesta terça-feira (15) em protesto contra os atrasos.

E e os grandes, Botafogo, Fluminense e Vasco, que iniciavam o ano com R$ 18 milhões garantidos, só não se queixam porque acertaram rescisão com o Grupo Globo, antigo detentor dos direitos.

A ousadia demonstrada do Flamengo no ano passado, tentando fazer valer os direitos de transmissão previstos na Medida Provisória 984, a tal "MP os Clubes", precipitou realidade para a qual os clubes não estavam preparados.

Mas hoje os torcedores rubro-negros são os que mais reclamam nas redes sociais em dias de jogos.

A plataforma desenvolvida pela BradoMedia não consegue dar vazão ao número de acessos, e se discute nos bastidores a possibilidade de hospedá-la num canal digital de streaming de vídeos sob demanda.

O problema é que como ainda não existe as garantias tecnológicas para transmissão uma segura, o avanço não é possível.

Botafogo, Fluminense e Vasco, que têm plataforma desenvolvida pela Nsports, enfrentam problemas semelhantes.

Até agora, por incrível que pareça, quem oferece a melhor transmissão pela internet são os oito pequenos clubes que jogam o Estadual.

Reunidos, eles fecharam parceria com a Mediastream Brasil e lançaram o pay-per-view no "Cariocaotv.com.br".

Como a procura não é grande, as transmissões têm ocorrido sem grandes intercorrências.

Os pacotes têm o mesmo número de jogos, e o mesmo preço.

A diferença é que os maiores clubes ficam fora do rateio - neste caso, o dinheiro arrecadado é dividido só entre os pequenos.

No caso das TVs de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco o torcedor está ajudando o clube do coração.

Porém, como o acesso é difícil e a imagem trava em alguns momentos, tem quem opte por assinar o canal dos pequenos.

Nada, porém, que garanta a eles o dinheiro pago no contrato anterior.

Os executivos da SportView, agência que viabilizou oprojeto de transmissão em múltiplas plataformas, não se assustam.

Dizem que o modelo amadurecerá com o tempo, gerando aprendizado e valor comercial.

Até lá, o nó da gravata seguirá apertando o pescoço dos menores...

Fonte: Coluna Futebol Coisa & Tal/ Gilmar Ferreira- Extra