Clube deve gastar mais do que o previsto para ter as Certidões Negativas de
Sem patrocínio na camisa desde 31 de janeiro, quando encerrou o contrato com a MRV, o Vasco continua travando uma batalha para estampar a marca da Eletrobrás em sua camisa, o que geraria R$ 14 milhões por ano aos cofres do clube. No entanto, a negociação, que começou em setembro do ano passado e vem se arrastando desde então, ganhou mais um empecilho no fim desta semana. Os dirigentes vascaínos esperavam desembolsar R$ 5 milhões pelas Certidões Negativas de Débito (CND), documentos necessários para a assinatura do contrato com uma empresa estatal, mas o valor real é próximo de R$ 7,5 milhões.
O aumento de aproximadamente 50%, revelado pela Procuradoria Geral da Fazenda, é um empecilho para a diretoria, que enfrenta problemas financeiros e atraso nos salários dos jogadores. O clube pediu revisão do valor, que pode ser alterado, mas mesmo conseguindo as certidões o primeiro ano de contrato não ajudará o saneamento financeiro interno.
O Vasco tem uma dívida de aproximadamente R$ 10 milhões com a União, bem mais da metade da quantia que receberia da Eletrobrás no primeiro ano de patrocínio. A novela parecia ter tido seu capítulo final no dia 10 de dezembro de 2008, quando o presidente do clube, Roberto Dinamite, anunciava na Alerj, ao lado do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, o acerto com a Eletrobrás. Mas a data certa para o \"final feliz\" ainda é uma incógnita.
Enquanto isso, segundo a coluna Panorama Esportivo, do jornal \"O Globo\", o conselho fiscal do clube pediu à diretoria explicações sobre as denúncias feitas por José Henrique Coelho, ex-vice de marketing do Vasco. Segundo ele, a atual diretoria é responsável pela criação de um caixa dois, e Roberto Dinamite, por nepotismo. O atual mandatário cruzmaltino ainda não se manifestou oficialmente com balanços e prestações de contas.