Cláudio Winck conta como foi voltar a jogar depois de quase um ano

Aos 10 minutos do segundo tempo da vitória do Vasco diante do Macaé por 3x1, pelo Campeonato Carioca, Ramon Menezes fez uma mudança na equipe, que marcou a retomada da trajetória de um jogador cruzmaltino. Cláudio Winck não entrava em campo há mais de um ano. Ganhou a oportunidade de substituir Talles Magno e voltar a fazer o que ama.

"Foi uma sensação muito boa, todo atleta quer jogar. Nós treinamos e nos dedicamos com esse objetivo. Estou feliz com a oportunidade que recebi e também de ter atendido às expectativas do treinador. Agora é seguir trabalhando forte no dia a dia para que ter sequência e seguir aproveitando as chances", contou o jogador.

Cláudio Winck foi anunciado pelo Vasco no início do ano passado, chegou a atuar em alguns jogos, mas foi afastado logo depois que o técnico Vanderlei Luxemburgo assumiu o comando da equipe. A última partida do lateral havia sido no dia 4 de maio de 2019, contra o Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro. O jogador já superou o período afastado do grupo, mas revela que até hoje não entendeu o motivo da decisão do ex-treinador.

"Na verdade, eu nunca entendi o que aconteceu naquela época. Eu havia começado a jogar o Campeonato Brasileiro, houve a troca de técnico e o Luxemburgo me colocou para treinar separado. Na verdade, ele nunca conversou sobre isso comigo, mas segui trabalhando e focado nos meus objetivos. Hoje estou muito feliz em estar de volta com o grupo e começo a colher os frutos que plantei com a minha dedicação e resiliência", relembrou o lateral.

No começo do mês de março, Cláudio Winck chegou a um acordo com o Vasco e foi reintegrado ao elenco. Sobrinho de Luiz Carlos Winck, campeão brasileiro com a camisa cruzmaltina também como lateral direito, o jogador revela que chegou a analisar propostas para deixar o clube, mas pesou o sonho de repetir a trajetória do tio.

"Sim, analisei propostas para sair do Vasco, mas sempre acreditei no projeto de retomada do protagonismo no futebol brasileiro. Tenho um carinho pelo Vasco porque minha família já fez história aqui e quero seguir estes passos", revelou o jogador.

Além de Cláudio Winck, as opções do Vasco para a lateral direita são Pikachu e o garoto Cayo Tenório. A equipe volta a campo nesta quinta-feira, pela última rodada da fase de grupos da Taça Rio. O cruzmaltino precisa vencer o Madureira e torcer por uma derrota do Volta Redonda para garantir a vaga na semifinal do turno.

Confira a entrevista completa:

Como foi voltar a jogar, depois de quase um ano?
Foi uma sensação muito boa, todo atleta quer jogar. Nós treinamos e nos dedicamos com esse objetivo. Estou feliz com a oportunidade que recebi e também de ter atendido as expectativas do treinador. Agora é seguir trabalhando forte no dia a dia para que ter sequência e seguir aproveitando as chances.

Como tem sido o trabalho com o Ramon e o quanto ele foi importante nessa tua reintegração?
Tem sido muito bom, o Ramon é um cara tranquilo e com bastante potencial, já pudemos perceber a evolução do time neste primeiro jogo. Ficamos felizes com o resultado porque é nosso objetivo vencer e apresentar um bom futebol. Ele está fazendo um trabalho muito bacana com o grupo, todos confiamos nele e acreditamos no projeto que ele preparou para o Vasco.

Qual foi a maior dificuldade nesse período sem jogar?
A maior dificuldade foi ficar sem fazer o que amo e controlar a ansiedade. Durante a pandemia foi complicado, ficar sem jogar e sem treinar em grupo. Por mais que tenhamos mantido os treinamentos físicos em casa, existe uma diferença grande na intensidade dos treinos no clube. Agora que voltamos a treinar e jogar fica mais fácil.

Você não pensou em analisar propostas e sair? Por que teu desejo foi seguir no Vasco?
Sim, analisei propostas para sair do Vasco, mas sempre acreditei no projeto de retomada do protagonismo no futebol brasileiro. Tenho um carinho pelo Vasco porque minha família já fez história aqui e quero seguir estes passos. 

Hoje, quando você olha para trás, você consegue ter uma noção real do que aconteceu naquele período com o Luxemburgo no comando da equipe?
Na verdade, eu nunca entendi o que aconteceu naquela época. Eu havia começado a jogar o Campeonato Brasileiro, houve a troca de técnico e o Luxemburgo me colocou para treinar separado. Na verdade, ele nunca conversou sobre isso comigo, mas segui trabalhando e focado nos meus objetivos. Hoje estou muito feliz em estar de volta com o grupo e começo a colher os frutos que plantei com a minha dedicação e resiliência.

Como você imagina que será a disputa na lateral, agora que voltou oficialmente a jogar?
A disputa pela posição deve ser muito saudável e benéfica ao Vasco, pois terão mais de um atleta qualificado e dando seu melhor para conquistar seu espaço. Estou me preparando para aproveitar todas as oportunidades que tiver, fiquei feliz em voltar a campo e acredito que consegui cumprir o que o Ramon havia pedido.

O que foi mais estranho nessa volta do futebol, sem torcida, com tudo vazio e muitos protocolos de segurança?
O mais estranho foi o estádio sem torcida. O Vasco tem uma torcida muito apaixonada e que sempre está presente em São Januário, então foi estranho entrar em campo e ver as arquibancadas vazias. Quanto aos protocolos, já estamos nos acostumando com esse “novo normal” e sabemos que é necessário para a segurança de todos.