Cineasta promete que documentário sobre acesso em 2009 será lançado
Em 2009, o documentário sobre o retorno do Vasco à Primeira Divisão gerava quase tanta expectativa nos torcedores quanto a volta para a elite propriamente dita. Um renomado cineasta vascaíno havia assumido a responsabilidade de produzir um filme sobre a odisseia do clube na Série B. Quatro anos se passaram e a torcida corre o sério risco de ver o time cair novamente antes de assistir à produção de José Henrique Fonseca. Porém, ele garante que o que se comprometeu a fazer sairá de fato do papel:
- É impossível esse documentário deixar de sair. Mesmo que o Vasco seja rebaixado para a Quinta Divisão.
Responsável por filmes como “Heleno” e “O Homem do Ano”, Fonseca, filho de outro vascaíno ilustre, o escritor Rubem Fonseca, lamenta o momento do time, mas não justifica a demora para o lançamento com a possível falta de “timing”, devido à fase difícil que o clube atravessa.
Inicialmente prometido para o começo de 2010, O Sentimento Não Pode Parar se transformou com o passar dos anos. Se antes a ideia era abordar principalmente a experiência de torcedores e jogadores na retomada do clube após o traumático rebaixamento em 2008, atualmente o trabalho se tornou mais amplo, e por isso, segundo o diretor, mais trabalhoso. A ideia é fazer um documento definitivo sobre a história vascaína.
- Estou trancado trabalhando nisso e vou virar o ano trabalhando nele. Teremos depoimentos, imagens raras. Ainda tem muita coisa para ser analisada. Ele deve ficar pronto em abril ou maio do ano que vem - explicou.
A demora, dentro de São Januário, repercutiu mal. Chegou a ser especulado que a produção do documentário teria sido uma contrapartida que o Vasco nunca recebeu, enquanto o clube cedeu suas instalações para as gravações de Heleno. Marcos Blanco, diretor de marketing do Vasco na época, nega:
- Isso foi algo que inventaram no clube. Não teve nada disso. A produção do Heleno alugou São Januário, pagou cerca de R$ 80 mil.
Questionado a respeito do documentário, o presidente Roberto Dinamite afirmou que não tem notícias do andamento da produção. Em meio ao medo da segunda queda para a Série B na sua administração, o dirigente afirmou que a atenção do clube está totalmente voltada para o jogo de domingo, contra o Atlético-PR.
Para José Henrique Fonseca, o que será do Vasco depois de domingo é indiferente para o que é pretendido com o documentário:
- Não tem o que fazer. O Vasco já caiu outras vezes, foi caído, na época do racismo. No momento ruim, a torcida abraça. Tem sido assim nos últimos jogos. Estou tranquilo, o documentário não é oportunista. É um documento para ficar na estante, para se mostrar para os filhos. Estou fazendo sem intuito comercial porque a história do clube está acima de tudo.
Fonte: Extra