Cinco motivos que levaram a queda de Maurício Barbieri do comando do Vasco
O técnico tinha a confiança da 777 Partners, que optou por segurá-lo em alguns dos momentos mais complicados. Mas o 10º jogo consecutivo, resultado de um acúmulo de problemas no clube, tornou a situação insustentável e encerrou o trabalho do primeiro técnico escolhido pela SAF do clube. Confira cinco motivos que levaram à saída.
Inconsistência de modelo de jogo
Barbieri em vários momentos afirmou que gosta de preparar seu time com base no adversário. Mas ao longo dos seis meses em que esteve no comando do Vasco, não conseguiu encontrar de fato uma identidade para sua equipe. Por vezes o time era muito reativo, apostando fortemente no jogo direto, e em outras era uma equipe que tentava propor jogo a todo momento, mesmo pouco acostumada a isso. À medida que os resultados ruins se acumularam, a situação ficou ainda mais difícil, dada a necessidade de pontuar.
Questão psicológica
Nas maioria dos seis jogos em que saiu derrotado seguidamente — e até nos jogos que perdeu anteriormente —, o roteiro do jogos do Vasco foi muito parecido: o time mostrava certa organização na construção, mas acabava sofrendo gols bobos, em falhas da defesa, que desmoronavam a concentração da equipe. Na quinta, o Goiás pouco ameaçou o Vasco para chegar ao gol: foi o cruz-maltino quem mais chegou perto de abrir o placar.
Repertório ofensivo
Quando precisava atacar e propor jogo, o Vasco mostrava um repertório ofensivo limitado, recorrendo na maioria das vezes a bolas em profundidade pelos corredores e cruzamento. Segundo o site Sofascore, o time é o que mais faz cruzamentos no campeonato, com 6,2 certos por jogo. Ao mesmo tempo, é um dos quatro que menos criam grandes chances (13 em 11 jogos) e um dos três que menos finaliza certo (3 por partida).
Falta de opções
O problema citado anteriormente tem a ver com a falta de opções capazes de mudar o estilo da equipe, situação que deixou o técnico muitas vezes de mãos atadas. A falta de um camisa 10 era abertamente discutida pelo técnico e pela diretoria. Em campo, Jair muitas vezes se desdobrava cumprindo as funções de volante e de um meia mais avançado. Alex Teixeira e o jovem Erick Marcus eram as opções para uma ponta esquerda que nunca engrenou de fato durante o trabalho. Além disso, as poucas opções de primeiro volante também tornaram o time mais frágil defensivamente e previsível na saída de bola.
Esgotamento
O relacionamento da torcida com o técnico e o trabalho em geral há tempos já apresentava sinais de esgotamento. Os gritos de protesto se intensificaram na última noite e acabaram virando lamentáveis cenas de violência contra o Goiás. Esse sentimento de fim de ciclo e insustentabilidade ficou notório ao clube como um todo e ajudou a sacramentar a decisão pela saída.
Fonte: Agência O GloboMais lidas
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