Futebol

Chico Anysio preocupado com futuro do Vasco nas mãos da família Miranda

Por décadas muitas gerações se divertiram com ele. Alberto Roberto, Bento Carneiro, Bozó, Coalhada, Divino, Jovem, Justo Veríssimo, Lobo Filho, Nazareno, Neyde Taubaté, Painho, Professor Raimundo, Roberval Taylor, Salomé, Tavares, Tim Tones... Já notaram que falo de Chico Anysio, um dos mestres vivos do humor. À entrevista com o moço de Maranguape:

- Passando ao futebol: és oposicionista a Eurico Miranda. Até quando você acha que persistirá o comando dele no Vasco?

- Até quando ele quiser, porque depois dele virá ele novamente, com o filho na presidência indefinidamente.

- Como você vê o momento atual do futebol brasileiro, tanto dentro quanto fora de campo?

- Não estamos vivendo um momento glorioso, porque há muitos equívocos a nos enganar. Kaká nunca foi o melhor do mundo e Robinho nunca será. Vivemos nos enganando e, na verdade, temos um time longe daqueles do passado.

- Copa de 2014 no Brasil: na sua opinião, é bom para o País ou não recebermos o maior evento do futebol?

- Não sei. Num dia em que o Brasil jogar no Maracanã, com TV direta, e houver um jogo entre Irã e Polônia em BH, não imagino quantas pessoas irão ao Mineirão. Vai acabar que só haverá grande público nos jogos do Brasil, e isto significa quase um fracasso.

- Há alguns anos repercutiu muito uma declaração sua, ao Lance!, sobre não confiar em goleiros negros. Mantém a opinião ou ela mudou?

- Mantenho. Também não gosto de nadadores negros, cavaleiros negros e jogadores de water polo negros. Mas ao mesmo tempo acho que os negros são imbatíveis no basquete, nas provas de atletismo até 400 metros e depois dos 3 mil, no futebol, no football americano, no baseball, nos saltos em altura, em distância e triplo etc.

- Trabalhaste no rádio como comentarista esportivo. Se te convidassem hoje para sê-lo novamente, aceitaria ou não?

- Nunca mais.

- Quais seus profissionais prediletos na crônica esportiva, de ontem e de hoje, seja do rádio, da TV, do jornal, enfim?

- De ontem, o Raul Longras, que foi o primeiro a me acreditar. De hoje, o José Carlos Araújo e (com muita saudade) o Osmar Santos.

Fonte: Papo de Bola