Chegada da Nissan pode não significar a saída da Eletrobrás
Com o auxílio de Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro e torcedor do clube, o Vasco negocia com a montadora de automóveis Nissan a cota de patrocínio master em substituição da Eletrobrás já em 2013. As conversas giram em torno de R$ 20 milhões anuais por duas temporadas de contrato. Com 100% das receitas penhoradas, a diretoria não fala abertamente sobre o tema, mas estuda um meio de manter a parceria com a estatal.
O contrato atual com a Eletrobras vai até o meio do próximo ano. São duas possibilidades cogitadas pelo departamento de marketing cruzmaltino. A primeira trata da composição dos dois patrocínios. A Nissan assumiria a cota master, enquanto a Eletrobras poderia ser deslocada para o ombro ou omoplata. Já a segunda envolve o projeto do clube em criar um instituto para esportes olímpicos com o apoio da estatal.
No entanto, recentemente a Eletrobrás divulgou um comunicado ressaltando que cortará parte dos investimentos em alguns setores, o esportivo está entre eles. A diretoria cruzmaltina ainda não foi informada sobre as intenções da estatal de forma oficial. Enquanto isso, os dirigentes utilizam o discurso diplomático em busca de um acordo.
Acho que é muito inteligente arrumar um meio de continuar essa relação. Temos interesse em permanecer com a Eletrobrás por tudo o que ela representa. Sempre foi um parceiro estratégico. Gostaria muito de estender isso, mas não temos nenhuma posição deles ainda. Não existe proposta oficial feita pela Nissan. Não podemos falar nada por respeito ao atual patrocinador. Chegando documentos oficiais vamos tratar com seriedade e comunicar aos nossos atuais parceiros, afirmou o vice-presidente de marketing do Vasco, Eduardo Machado.
Desde maio já era pública a informação de que o Vasco buscaria um novo patrocinador. O motivo principal envolve o fato de o Cruzmaltino não possuir as certidões negativas de débito - pois ainda tem dívidas tributárias junto ao governo. Com isso, deixa de receber a verba da estatal de forma regular - R$ 16 milhões por ano.
Desta forma, como a Eletrobrás desembolsa cotas a cada seis meses - R$ 8 milhões -, o clube se escora em uma ação movida pelo Sindicato dos Clubes para que os funcionários recebam seus salários quando completam três meses de atraso. Esta prática desagrada aos executivos da estatal e inúmeras explicações já foram pedidas ao Vasco, que responde sempre quando é solicitado.
O nosso grande desafio é a questão das certidões. O Vasco precisa equacionar o problema das dívidas. Estamos com 100% das receitas penhoradas e isso inviabiliza o clube. Temos que sensibilizar os órgãos competentes. É preciso fazer isso com todos que estão devendo, não apenas com o Vasco. Queremos um benefício para todos os clubes, encerrou.
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