Política

Chances de abertura de sindicância contra Campello seriam grandes

Com o Vasco em crise dentro de campo, o presidente Alexandre Campello está mais uma vez na mira de conselheiros e grupos políticos do clube. Acuado, o dirigente vê, desta vez, crescerem as chances de abertura de sindicância contra ele.

Fragilizado politicamente, Campello terá de encarar uma votação por abertura de sindicância em reunião de hoje no Conselho Deliberativo. Os opositores do mandatário alegam prejuízos de cerca de R$ 4 milhões oriundos de demissões e acordos não cumpridos.

Caso seja comprovada a irregularidade, o dirigente terá de encarar um processo de impedimento, que deverá ser colocado em votação pelo Conselho Deliberativo, presidido por Roberto Monteiro, o maior desafeto de Campello em São Januário. Nos bastidores, a questão é dada como certa, e o próprio presidente sabe que o cerco está se fechando. Em busca de apoios, ele tem conversado com representantes do grupo político "Casaca", tradicionalmente ligado ao ex-presidente Eurico Miranda.

A pressa dos opositores se dá em função de o impedimento ter de ser feito antes de um ano e meio de mandato para que a presidência não caia no colo do atual vice-geral, Eloi Ferreira. Se o impeachment acontecer dentro do prazo, o estatuto prevê uma nova eleição dentro do conselho.

Afastamento não é a prioridade

Um afastamento não é visto como ideal por estes grupos, já que Campello, desta maneira, poderá se defender e, quem sabe, voltar ao poder.

A meta do impeachment, porém, é mais difícil. Enquanto o afastamento prevê uma maioria simples de votos, o impedimento necessita de 2/3 da votação dos conselheiros.

Fonte: UOL Esporte