Cem dias de Campello: Clima político ainda toma conta no Vasco
Só na manhã de quarta-feira três grupos da política do Vasco emitiram "Nota Oficial" sobre a auditoria externa nas contas de 2017.
Três entre tantos outros que reduziram o clube ao tamanho deles: Cruzada, Med-Vasco, Vasco Tudo, Casaca, Identidade, Frente Livre, Petro-Vasco, etc...
São tantos que para governar o clube gasta-se mais tempo com costuras e acordos do que com prospecção e elaboração e execução de projetos.
Uma pena.
Não se engane o torcedor que vê de longe: os distúrbios em São Januário, no pano de fundo dos 4 a 0 do Cruzeiro, são frutos dessa divisão.
O Vasco foi eliminado da Libertadores, o que já era esperado, mas ainda pior é ver a instituição no caos político, presa ao ódio a Eurico Miranda.
Aquele elenco surpreendente de 2017, esfacelado na virada do ano, resulta agora num time limitado e inconfiável.
Ainda mais quando aparece para jogar sem o que sobrou de melhor.
Neste jogo, o time tentou ser insinuante como o Cruzeiro, mas se desmantelou ao levar o primeiro gol.
Mesmo sabendo que houvera sido traído pela bandeira, e mesmo sabendo que o importante era não ser goleado, não conseguiu evitar o pior.
E isso expõe a dura realidade.
O Vasco, como Fluminense e Botafogo, não tem estrutura e elenco para jogar mais do que uma competição com o Brasileiro em disputa.
Essa é a mais pura verdade.
Quem quiser se enganar, que se engane.
E é bom que a torcida esteja ao lado disso que está aí, porque Paulão e Wellington seguirão no clube.
Zé Ricardo faz um ótimo trabalho e o pouco que o time exibe de bom é fruto do todo que conseguiu dar ao grupo.
Desde a montagem do elenco sem dinheiro à formatação do time.
Da ideia de jogo à união dos jogadores.
Baita achado que o mercado agora monitora louco por um rompimento.
O Vasco precisava apenas que ele valorizasse mais os jovens produzidos em São Januário, como fez em 2017.
Ricardo, Andrey, Consendey, Paulo Vítor, Caio Monteiro, Marrony, Dudu Feitosa, Hugo Borges, Lucas Santos... e até Evander.
E digo até porque irrita mesmo a postura indolente de um garoto talentoso _ comportamento que já lhe valeu o corte da seleção sub 20.
Algo há...
O presidente Alexandre Campello, médico que conhece bem os bastidores de um vestiário, tem que chamar o futebol às falas.
Um time que sofre 39 gols em 26 jogos é como um organismo em queda livre.
E, num regime presidencialista, ele precisa assumir suas responsabilidades.
Será o vice de futebol Fred Lopes o condutor adequado para a pasta?
Estará o executivo Paulo Pelaipe realizando o trabalho que se esperava?
A gestão completou nesta quarta-feira seus primeiros 100 dias de trabalho.
Já é hora de acertar os passos e corrigir o rumo da Nau vascaína...
Fonte: Extra OnlineMais lidas
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