CBF tem apoio de clubes para assumir Série B
A CBF assume, a partir desse ano, a administração da Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, retirando a autoridade que até então pertencia a FBA (Futebol Brasil Associados), que defendeu os interesses dos clubes da Série B por 4 anos.
Na visão da maioria dos 20 clubes que disputarão a Série B, a mudança no controle da competição será positiva. E esse pensamento tem um fator primordial: a questão financeira.Os clubes da Segundona foram quase unânimes na avaliação da troca de comando.
O Vasco, por intermédio do seu presidente, Roberto Dinamite, aprovou a mudança. Dinamite, que entrou em rota de colisão com o presidente da FBA, José Neves, por causa de questões financeiras, disse que o clube só buscou seus direitos.
- O Vasco está vendo não só os seus direitos. Com isso, acho que ganham todos. É isso que nós esperamos na competição afirmou Roberto Dinamite.
Além do Vasco, o Lancenet! ouviu a opinião de outros dirigentes de clubes da Série B. Confira abaixo a opinião de alguns deles, em relação a esta mudança no gerenciamento da segunda divisão.
Ceará:
Esperamos que não tenhamos problema de continuidade e nenhum problema em relação às receitas que foram destinadas aos clubes pela própria FBA. A FBA fez um excelente trabalho e tomara que seja mantido pela CBF. Não temos do que reclamar, todos têm seus problemas, a CBF vai ter também, mas não dá para reclamar de tudo e não propor nada como fazem alguns clubes. A mudança foi imposta pela CBF e sem a opinião dos clubes na reunião de ontem. Tomara que tudo siga como sempre foi. - Evandro Leitão, presidente.
Campinense:
- Não queremos entrar nessa briga entre FBA e CBF. O clube não é favor ou contra nenhum destes órgãos. Queremos apenas uma Série B mais organizada e por isso só daremos qualquer opinião se a mudança foi pra melhor ou pior depois que a Série B deste ano acontecer. - disse Tiago Melo, diretor de comunicação do Campinense.
América-RN:
- Pouco interessa ao clube quem vai organizar, se a FBA ou a CBF. O importante é que aconteça a Série B. Se agora é a CBF, o que o clube pode fazer? O que nos resta é esperar para ver se essa mudança vai ser benéfica ou não para a Divisão. Ainda é cedo para dar um parecer. - afirmou José Vasconcelos da Rocha, Presidente do América-RN.
Fortaleza:
- Ainda precisamos saber se haverá um crescimento da verba recebida pelos clubes. Se houver, a mudança terá sido positiva. Se não, ficamos na mesma. Estamos estudando as novas propostas e ainda é cedo para saber se a mudança foi positiva. - Lucio Bomfim, presidente do Fortaleza.
Bragantino:
- Com esta seriedade no comando , a receita vai corretamente para os clubes e vamos ter condições de arrecadar mais que ano passado quando tivemos a participação do Corinthians Paulista . A comissão irá trabalhar junto a C B F buscando melhorar ainda os planos e rendas que poderão agregar beneficios aos clubes. - Marco Chedid , presidente do Bragantino.
São Caetano:
- O São Caetano fica muito feliz porque a CBF tem competência para organizar qualquer competição. O relacionamento será bem mais fácil e transparente, contrariando o que acontecia com a FBA, com quem era difícil se relacionar. A CBF têm totais condições de organizar a parte técnica, financeira, recebimento de cotas, transferências de verba, etc. - Nairo Ferreira de Souza, Presidente do clube.
Duque de Caxias:
Para o Caxias não faz muita diferença, pois é nossa primeira participação na Série B. Mas a CBF é a entidade maior do futebol e tem as razões dela para fazer isso. Não tenho conhecimento de números para dizer o motivo da mudança, mas algo deveria estar errado e talvez precise de mudança. Estive na reunião ontem e reclamações de times grandes como o Corinthians, que passaram pela Série B, pode ter pesado na decisão. - Luiz Carlos Arêas, Presidente do clube.
Ponte Preta:
- A Ponte Preta entende como acertada a decisão de a CBF assumir a Série B do Brasileiro. Aliás, a Ponte Preta sempre foi contra a FBA por questionar a falta de transparência da mesma.Entre os principais motivos de a Ponte Preta ser contrária a FBA estão a falta de equilíbrio financeiro da entidade, falta de transparência e a falta de legitimidade já que apenas três clubes da série B são afiliadas a FBA. - Sebastião Arcanjo, Vice-Presidente do clube.
Bahia:
- Considero que a Série B nunca teve um organismo representante de fato para defender os interesses do clube da divisão, diferente do que acontece na Série A. Sempre se tratou de um órgão amador tratando com profissionais e a gente sabe que os profissionais sempre vencem. Um dos aspectos falhos que entendo que sempre houve nesse aspecto de representatividade da divisão é a não existência de uma transitoriedade. Um exemplo: o Vasco caiu, então tem que fazer parte da organização. A FBA, se não me engano, tinha somente quatro dos seus clubes participantes na Série B. Agora com a CBF, vamos ver o que acontece. - Paulo Carneiro, Diretor de futebol.
Juventude:
- Entendo que a Série B se mantenha no mesmo formato que disputado hoje. A CBF tem todas as condições de organizar um Série B, assim como faz com a Primeira Divisão. É a entidade que tem mais capacidade de organizar a competição. Esperamos uma valorização maior. É uma mudança positiva. - Sérgio Bortolatto, Vice-Presidente.
ABC:
- Não pude estar na reunião que decidiu a mudança por conta de outros compromissos. Entendo que não há muito o que fazer uma vez que foi uma decisão unilateral. Não tenho críticas contra a FBA, entendo que organizou bem a Série B durante este tempo. Agora, se a CBF se compromete a manter os benefícios e garantias da FBA e ainda mais, não vejo porque reclamar. Mas esse é um tipo de análise que só será possível depois da organização da Série B pela CBF este ano. - Judas Tadeu, Presidente.
Ipatinga:
- Eu acho que é o certo. A FBA estava devendo mais de R$4 milhões e não soube admninstrar a Série B. Se não fosse a CBF, acho que outra entidade só se fosse o Clube dos Treze para poder organizar a Série B. A FBA não tem condição de administrar e se a CBF não tomasse essa atitude eu penso que as coisas poderiam piorar ainda mais, mas eu acho que o Ricardo Teixeira acordou a tempo. - Itair Machado, Presidente.
Paraná:
- Acredito que com a gestão da CBF será possível aumentar a arrecadação com as placas de publicidade e outras ações de arketing. Na parte da organização não acredito que terá grandes mudanças, já que a FBA cumpriu com tudo o que foi combinado. Ficamos muito satisfeitos. - Aurival Correia, Presidente do clube.
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