Caso Edmundo: MUV contesta argumentos da diretoria do Vasco
Ao contrário do que dizem o presidente e o vice jurídico do Vasco, os sócios do clube têm, sim, que se preocupar com a decisão judicial que obriga o clube a pagar cerca de R$ 8 milhões ao jogador Edmundo, por conta de dívidas trabalhistas. Afinal, consta na sentença que Eurico e o vice de futebol, José Luiz Moreira, teriam os bens pessoais penhorados caso o clube não pudesse arcar com a dívida. E caso esse valor não chegasse ao determinado na ação, os sócios do Vasco seriam os próximos da lista.
Os argumentos da diretoria de que cabe recurso da decisão; há 50% de chances de ganhar em segunda instância; e que o presidente não pagará a dívida com seus bens, mesmo com a perda da ação, pois o clube tem um grande patrimônio caem por terra com uma simples análise do último balanço publicado pelo clube (2004). De acordo com o documento, o patrimônio do Vasco vale, depois de uma reavaliação, R$77 milhões e as dívidas chegam a R$128 milhões. Sem contar os R$82 milhões em ações judiciais: Algumas já estão em execução, outras foram sentenciadas em primeira instância e uma parte aguarda julgamento (todos os processos estão relacionados no site do MUV - www.muv.com.br). Ou seja, nem a venda de todo o patrimônio pagaria as dívidas.
O Vasco, hoje, é um clube sem recursos para honrar seus compromissos. Até mesmo o acordo, com o Tribunal Regional de Justiça (TRT), para pagamento parcelado das dívidas trabalhistas não vem sendo cumprido. Outros exemplos da falta de dinheiro são as ações da Carital/Palmeiras (caso em que a diretoria ofereceu o estádio em penhora para pagar pelos passes de Viola e Júnior Baiano) e da Cambuci/Penalty (houve tentativa de penhora do valor referente à transferência do Alex Dias para pagamento da ação milionária por quebra de contrato com a empresa que o Vasco perdeu em última instância).
Vale lembrar que, pela sentença, cabe a Edmundo escolher de quais sócios cobrar a dívida caso os bens do clube, do presidente e vice-presidente do Vasco não sejam suficientes. Mas, o advogado do atleta, Leven Siano, declarou, em entrevista, que vai sugerir ao seu cliente que os primeiros cobrados sejam os diretores e conselheiros da situação. Mesmo assim, os sócios devem ficar atentos ao desenrolar dos fatos, pois esta é uma decisão do jogador e poderão surgir novas sentenças no mesmo sentido.
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