Política

Casaca se pronuncia sobre a reunião do Conselho Deliberativo

Na noite desta sexta-feira, 17.8.2018, o Conselho Deliberativo do Vasco decidiu adiar por dias a concessão do aval para a obtenção do empréstimo de 38 milhões de reais pleiteado pela diretoria. A intenção é aguardar que se conclua a apresentação da documentação por parte da administração ao Conselho Fiscal, algo que teve início apenas na quinta-feira passada, apesar da alardeada urgência pontuada pelos senhores gestores.

A respeito disso, é bom que se destaque a absoluta necessidade de convivência harmônica entre os Poderes do clube. Não se pode, seja com a justificativa que for e por período de 3 anos, omitir documentação do poder Fiscal, assim como este deve tratar com a devida isenção aquilo que recebe para analisar.

Duarante a sessão, o Sr. Presidente Alexandre Campello fez uma apresentação recheada de números contestáveis, justamente pela ausência do que os sustente.

Por exemplo, desconsiderou como receita que contempla o início de seu mandato 30 milhões de reais provenientes de depósitos judiciais recentemente liberados junto ao TRF da 2a Região.

Por outro lado, novamente, expôs como dívida do clube um valor que supera em quase 100 milhões de reais aquele que se vislumbra como real, incorrendo nos mesmos equívocos cometidos na carta de apresentação de seu Balanço Patrimonial. Sobre isso, o Presidente do Conselho de Beneméritos chegou a citar a diferença, sem que houvesse qualquer contestação do plenário, inclusive do senhor presidente que então expunha os números.

As dificuldades que o Vasco enfrenta, após a triplicação da sua dívida durante as administrações Dinamite, são suficientes. Desprezam incremento que atire na última administração qualquer tipo de responsabilidade no cenário real e peso ainda maior sobre a Instituição. Mesmo porque, no triênio 2015-2017, a dívida do Vasco foi reduzida em cerca de 120 milhões, o que comprova a responsabilidade com que o clube foi gerido.

Nossa posição foi apresentada em uma primeira reunião logo após a Copa do Mundo, mais exatamente no dia da partida com o Fluminense em São Januário. Nada foi feito. Ratificada por 2 notas aqui publicadas há 20 dias. Nada foi feito. Confirmada nos dias anteriores das reuniões dos Conselhos de Beneméritos e Deliberativo, tendo como única medida o oferecimento da documentação na véspera da sessão do CD. O descaso não foi nosso.

Declaramos que não passamos os últimos 18 anos “esmurrando pontas de facas” em defesa de uma filosofia de preservação da Instituição para que ela seja agredida por cartas de apresentação de balanço patrimonial, cujo teor é confirmado a cada entrevista, a cada aparição pública, a cada show de Power Point.

A votacão de ontem, não teve nada de excepcional, decisiva e fundamental, como querem fazer parecer dramaturgos de plantão, pois bastará a conclusão da apresentação do que se pede para que a atual direção levante o valor que afirma necessitar. Exigir que o presidente da diretoria administrativa respeite os demais Poderes pode ser um bom começo para que, enfim, ele respeite a Instituição, sem priorizar um arranjo que justifique possível insucesso ou desejável sucesso de sua gestão.

Por fim, o voto proferido pelo CASACA! na assembleia de ontem adia por pouco tempo uma reconhecida necessidade do Vasco. A dramaticidade que tentam imputar ao ato é desproporcional e injustificável. Fica, assim, elucidada uma posição que manifestamos há bastante tempo em reuniões, notas e pronunciamentos no plenário.

No mais, ao contrário do que podem imaginar, seguiremos na mesma direção e sentido, respeitando o Vasco e seus homens, convictos de que, mais uma vez, votamos pelo bem do clube.

CASACA!

Fonte: Casaca!