Clube

Casaca emite notas sobre política do clube e clássico

Está custando caro

Em primeiro lugar vamos enterrar o discurso de respeito à vontade dos sócios dito e repetido pelo grupo amarelo, entre 2018 e 2019.

O próprio grupo, em novembro de 2014, ignorou a vontade dos sócios, após acachapante derrota sofrida por sua chapa para a chapa primeira colocada (quase 1.200 votos de diferença).

Sim, Julio Brant lançou sua candidatura à presidência do clube na eleição ocorrida na Lagoa (o chamado segundo turno), realizada no fim de novembro daquele mesmo ano.

Quase 90% dos conselheiros eleitos pela chapa amarela na ocasião votaram em Julio Brant no Conselho Deliberativo, desrespeitando, de fato, sem qualquer questionamento, a vontade dos sócios, pois a chapa dele havia perdido a eleição ocorrida em São Januário semanas antes.

O grupo amarelo desrespeitou CLARAMENTE a vontade dos sócios, pois na condição de chapa perdedora lançou a candidatura de um nome presente nela, portanto algo muitíssimo diferente do ocorrido nas eleições seguintes.

Em 2018 a chapa amarela rachou, após uma aliança que tinha como único objetivo derrotar a chapa de situação. O racha levou a uma dupla candidatura da própria chapa e os conselheiros eleitos e natos deram maioria ao atual presidente.

Menos de quatro meses depois houve uma possibilidade de abertura de sindicância, por acusações internas ao presidente do clube de supostos desvios de três rendas de jogos do time profissional de futebol e pelo valor excessivo pago a médicos, que supostamente teriam vínculo, para além da área escolhida de atuação, com o próprio presidente.

O grupo amarelo se manifestou contra a investigação, derrubando todo o discurso cínico de transparência dito e repetido por seis anos. O Casaca! e Eurico Miranda posicionaram-se a favor da abertura da sindicância.

Há três meses o Casaca! manifestou-se novamente a favor da abertura de comissão de sindicância, em virtude de prejuízos causados ao clube por centenas de demissões, não pagamentos de acordos com dinheiro ainda em caixa, fruto da venda de Paulinho, e posteriores execuções, que seguiram em curso pelos inadimplementos de acordos feitos e não cumpridos pela direção, ocasionando mais e mais prejuízos ao clube.

Parte do grupo amarelo, a do racha que optara por Brant na eleição de janeiro de 2018, votou pela comissão de sindicância, parte significativa votou contra, sendo esses os votos decisivos para que não houvesse abertura de investigação.

Em relação ao CASACA!, a postura foi reta.

1 – Não houve lançamento de candidatura da chapa perdedora e o voto dado foi em favor de um dos nomes lançados pela chapa vencedora;

2 – O CASACA! votou pela abertura da sindicância em maio de 2018;

3 – O CASACA! votou pela abertura da sindicância em junho de 2019.

O resto é conversa fiada.

O custo institucional disso tudo não se resume ao desastroso resultado de sábado, mas ao desastre administrativo continuado e à carta branca (amarela) dada para a sua sequência.

CASACA!

Números e fatos indiscutíveis

Entre o período do MUV e a gestão atual o Vasco atuou 30 vezes contra o Flamengo (julho de 2008 a 2014, janeiro de 2018 até o presente momento). Foram 13 vitórias rubro-negras, 14 empates e apenas três vitórias do Vasco, a última delas em 2012. Isso mesmo. A cada 10 jogos contra o adversário o Vasco venceu um.

Entre 2015 e 2017, o Vasco derrotou o Flamengo seis vezes e perdeu três (em jogos oficiais), mais um amistoso. Total: 6 x 4. Isso em 16 jogos (contando aí o amistoso).

Entre 2001 e junho de 2008 o Vasco derrotou o Flamengo 13 vezes, perdeu 12 e houve ainda 8 empates.

Entre janeiro de 1986 até 2000 o Vasco derrotou o adversário 26 vezes (duas vezes por W.O. porque o Flamengo correu para não nos enfrentar, justifique o que quiser justificar), perdeu 25 jogos e houve 19 empates.

O total de tempo em que Eurico Miranda esteve no comando do futebol do Vasco ou como presidente do clube chega a 25 anos e meio.

Considerando os 26 anos anteriores à sua nomeação para Vice-Presidente de Futebol, o Vasco no referido período enfrentou o Flamengo 128 vezes (de 10/04/1960 a 30/11/1985). Foram 39 vitórias, 55 derrotas e 34 empates.

Aos que criticaram a gestão do clube entre dezembro de 2014 a janeiro de 2018, clamando por mudanças, neste período o Vasco obteve, além da performance contra o Flamengo, o dobro de títulos do próprio rival e o quádruplo de taças oficiais conquistadas.

Aliás, na gestão antecessora à atual Flamengo, Fluminense e Botafogo conquistaram (TODOS JUNTOS) o mesmo número de taças que o Vasco e a metade dos títulos, ou seja, o Vasco foi o rei do Rio no triênio.

Ainda há de se ressaltar ter o Vasco batido seu próprio recorde e o recorde do seu principal rival em partidas oficiais invictas, que somara 33 entre os anos de 1978 e 1979 (apenas partidas do Campeonato Carioca).

Foram 34 jogos ao todo e sete meses de invencibilidade (08/11/2015 a 07/06/2016).

Disputou o clube nessa sequência 11 clássicos, contra Palmeiras, Corinthians, Santos, Flamengo, Botafogo e Fluminense. Nesses clássicos o Vasco obteve 7 vitórias e 4 empates.

Como sabemos, no Basquete adulto o Vasco também conquistou mais títulos, entre 2016 – quando voltou a disputar a categoria – e janeiro de 2018, que seu maior rival no período citado.

No Remo o Vasco voltou a vencer regata, passou a disputar todas as provas da competição (um luxo se comparado ao que ocorria nos últimos anos da gestão MUV) e jogou o rival para terceiro, o que não ocorria com o rubro-negro da Gávea desde os anos 60 do século passado.

Como sabemos a dívida do Vasco foi reduzida em cerca de 100 milhões de reais, segundo balanço patrimonial aprovado pelo Conselho Deliberativo em novembro último e as próprias demonstrações da atual gestão sobre a situação financeira do clube, apresentadas no final do ano passado, demonstram a sensível melhora do Vasco no período.

Como todos também temos ciência a base do Vasco mudou da água para o vinho em virtude do grande trabalho feito no setor, oportunizando ao clube fazer a maior venda de um atleta da casa no século XXI em 2016 (12 milhões de euros, mais 2 milhões de euros de bônus, referentes ao volante Douglas Luiz) e também foram deixados outros atletas de ponta como Paulinho (não vendido na gestão de Eurico Miranda, com multa rescisória triplicada para o recebimento integral do valor cabido ao Vasco pela gestão subsequente).

Vale destacar também que o Vasco foi Campeão Carioca Sub 17 após 15 anos, em 2015, Campeão Carioca Sub 20, vencendo também a Taça Guanabara e Taça Rio em 2017, o que ocorrera na história do clube uma única vez, em 1991.

O patrimônio do Vasco foi claramente recuperado (ginásio com a ajuda da torcida, parque aquático, área social, colégio Vasco da Gama, obras para possibilitar a realização de clássicos estaduais no estádio com aumento da capacidade recebida no início da gestão em quase 50%).

Fora isso obras e reformas em outras sedes, instalação do Campo Anexo, do CAPRRES, CAPRRES da base, CAPRRES olímpico, além da retirada das 30 toneladas de lixo a céu aberto que o MUV deixou de presente à nova gestão, representando o que fora a sua gestão, infestada de amarelos, que na época vestiam outra cor, mas com o mesmo estilo de empáfia e ignorância nos assuntos concernentes ao clube.

Finalmente sabemos todos ter o Vasco obtido certidões positivas com efeito de negativas com 25 dias de gestão ainda em 2014, sendo elas mantidas até 30/09/2017, portanto durante 2 anos e oito meses de uma gestão de 3 anos e em nenhum momento da atual gestão isso foi conseguido, inibindo recebimento de inúmeras verbas desde o ano passado (CEF, CBC, entre outras possíveis).

Ah, sim. E teve o rebaixamento em 2015, oriundo da perda de 14 (CATORZE) pontos via apito, com a própria oposição um ano depois reconhecendo o ocorrido em nota, após outro assalto na partida decisiva das oitavas-de-final da Copa do Brasil de 2016 contra o Santos, que nos eliminou da competição.

A troca de gestão no Vasco não fazia sentido algum, mas a busca pelo poder a qualquer preço, independentemente daquilo que vier a sofrer o clube, é mais importante para muitos.

CASACA!

Entre planilhas e aberrações

Em primeiro lugar deve-se dizer que o Vasco não pode cair de jeito nenhum, embora o financeiro do clube faça a conta de que a perda nas cotas de TV não será de 100 milhões para 6 milhões e sim de 100 milhões para 40 milhões, porque parte da verba a ser recebida não teria a interferência do descenso.

Em segundo lugar o clube deveria ter contratado porque o elenco que o Vasco possui tem óbvias limitações, embora não possua uma folha condizente com a qualidade apresentada, fruto tudo isso da incompetência da gestão no quesito “contratações”.

Em terceiro lugar, o Vasco se tornou novamente um contumaz caloteiro e isso se deu em uma gestão que recebeu cerca de 120 milhões de “dinheiro novo” (expressão da moda) em 2018, fruto do trabalho sedimentado pela gestão anterior. Apesar disso pagou muito pouco daquilo que prometia pagar, após apresentar sua carta insidiosa, com o fim de atacar a gestão que a antecedeu, enviada ao público em maio do ano passado.

Salários atrasados levam à insatisfação, acordos descumpridos – e a perder de vista suas soluções – ocasionam execuções e mais execuções ocorrem no clube. O estilo MUV de trabalhar quanto a valores devidos a credores, mas não reconhecidos (repetição do feito no “caso Romário” pelo próprio MUV) leva a mais prejuízos para o clube.

As quase 300 demissões, a terceirização do Colégio Vasco da Gama, consequências disso e a postura do clube posteriormente ao ocorrido, o posicionamento da direção quanto à entrada de novos sócios e suas interpretações estatutárias esdrúxulas, valendo-se delas para cobrar aquilo que não pode e deixar de receber aquilo que deveria receber, tudo isso é a mistura de incompetência, conveniência e inconsequência até, em alguns casos.

Falta um ano e quatro meses para tudo isso acabar (agradeçamos aos amarelos por não ter, quem sabe, terminado há 15 ou 3 meses) e até lá o custo para o Vasco só aumentará, considerando os prejuízos institucionais crescentes e o conformismo de agora pela busca da simples permanência na Série A como objetivo firmado em menos de 10 rodadas disputadas na competição.

Considerando que o Vasco foi recebido pela gestão anterior em terceiro lugar na segunda divisão, deixado classificado para a Libertadores de 2018 e com dois títulos conquistados em um triênio (4 taças oficiais, três delas invictas), fazendo de gato e sapato o rubro-negro sem estádio, nada justifica a posição em que se encontra hoje e o objetivo firmado pelo clube para este ano, após as ridículas atuações na final do Estadual de 2019.

O adversário de sábado venceu o Vasco por três gols de diferença pela primeira vez no século, embora já tivesse experimentado apanhar pela mesma diferença de gols em 2007 e ouvido a torcida vascaína gritar em coro um “cinco de novo” em 2001.

CASACA!

Fonte: Casaca!