Casaca emite nota sobre a aprovação do balanço de 2015
Lado triste
Salários constantemente atrasados, patrimônio dilapidado, dívidas acumuladas. Esse pode ser um panorama resumido do Vasco no final da administração MUV/Dinamite, cujo mandato foi estendido em ação conjunta com o atual grupo de oposição, possibilitando a que fossem firmadas várias confissões de dívida.
Desde dezembro de 2014, com muito sacrifício, o Vasco procura recuperar a sua capacidade esportiva, patrimonial e financeira. Muitos dos que colaboraram com o desastre anterior se escondem hoje com críticas pontuais.
Os conselheiros do Vasco aprovaram com ressalvas um balanço de 2014 que poderia até ser rejeitado. E só o fizeram porque era condição para receber os recursos incentivados que outros já haviam obtido. E o resultado foi só no projeto inicial recursos de 2,9 milhões de reais.
Com tudo isso, é óbvio que os números de 2015 seriam impactados pelos números de 2014. Todos sabiam. Não se inicia um balanço do zero. Se todos os conselheiros tinham conhecimento disso, por que o grupo Cruzada Vascaína publica antes da reunião comparações estapafúrdias e comentários desairosos sobre o clube? Porque só pensa na política menor, sem se importar com a imagem do Vasco, atingida por tal irresponsabilidade.
Por outro lado, se algum conselheiro não concorda conceitualmente com o balanço apresentado pelo clube, o que deve fazer? Comparecer à reunião do Conselho Deliberativo, expor sua opinião, receber explicações e críticas e se submeter ao voto dos Conselheiros.
Na reunião do Conselho Deliberativo, entretanto, nada que se pudesse discutir foi passado pelo grupo oposicionista e seus dois representantes, fosse com membros do Conselho Fiscal, com o Vice-Presidente de Finanças, com outros conselheiros, ou com o próprio presidente do clube.
Pelo contrário, o que se viu foram justificativas inconvincentes sobre a exposição indevida. Nos chamou a atenção ainda no discurso do conselheiro João Marcos Amorim, ligado ao grupo Cruzada Vascaína, este ter dito que não expusera a situação do clube para a imprensa enquanto membro do Conselho Fiscal na gestão anterior, embora ela, segundo dito por ele, o procurasse com insistência a fim de que exibisse algo sobre o tema.
Ora, se naquela balbúrdia, entre calotes e administradores ausentes o Vasco foi preservado, por que motivo diante de um quadro de evidente recuperação institucional do clube ele é exposto de maneira negativa?
Sobre a fala do outro representante da oposição, Julio Brant, que declarou estar liderando o voto contrário dos oposicionistas em seu discurso, nada específico a respeito do balanço apresentado foi dito. Disse ele que o presidente do clube estava de parabéns por ter montado um excelente time de futebol, de basquete, que reconhecia isso, mas discordava conceitualmente do balanço e que se tratava ele, o referido conselheiro, de um grande vascaíno, de raiz, assim como tão vascaínos quanto os que ali estavam eram (e são, obviamente) os membros de seu grupo.
A resposta ouvida por ele do presidente do clube, elucidando a respeito de um dos membros de tal grupo – que teve o desplante de peticionar, objetivando a exclusão do Vasco do Ato Trabalhista no qual o clube está inserido para garantir o pagamento de seus débitos sem execuções, quando em defesa de vários clientes captados por ele, recentemente – além de uma indagação sobre a posição conceitual do conselheiro sobre balanços apresentados em empresa na qual afirmou, quando em campanha, possuir importante cargo, tiveram o silêncio como resposta.
No Conselho Deliberativo do Vasco fala-se de frente, com direito a réplicas, discussões e entendimentos. Na internet fala-se o que quer na hora que bem se entende, mas fica para a maioria esmagadora dos presentes naquele conselho, que entre a fala virtual e o debate presencial vai uma distância muito grande e para alguns talvez difícil de se alcançar.
Casaca!
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