Futebol

Carrasco do Fluminense, Bernardo vive fase apagada e recebe sondagens

A história de Bernardo contra o Fluminense é digna de boas memórias. Foram dois gols em partidas decisivas, em 2011 e 2013 (relembre no vídeo), que reforçaram sua fama de xodó da torcida. Mas nos últimos tempos, apesar de mais maduro, a situação do meia não lembra a dessas épocas. No banco de reservas desde a 7ª rodada da Taça Guanabara, em 9 de fevereiro, ele vive fase apagada e pode nem ter a chance de brilhar neste domingo, às 16h, no Maracanã - como na primeira semifinal. E não se trata apenas de escolha técnica. O eventual excesso do jogador na noitada carioca, velha crítica à sua conduta, tem lhe causado uma onda de desconfiança interna cada vez mais forte.

Desde que Juninho se aposentou, o clube passou a apostar no camisa 31 como a nova realidade. Em fase final de recuperação de uma operação no joelho, Bernardo estreou em 2014 com o Carioca em andamento. Logo na segunda chance se tornou titular com gols, assistências e intensidade. Seguiu a cartilha da assessoria com declarações contidas e jurava que curtia o recomeço "de boa". Mas parte disso se apagou em duas semanas. Com a chegada de Douglas, perdeu espaço de vez e atuou por 31 minutos no total deste mês. Em três vezes nem entrou.

Apesar de certa decepção da comissão técnica e de alguns dirigentes, segundo relatos, o meia não tem se atrasado para treinos e nem causado constrangimentos por problemas particulares como antes. Na segunda-feira passada, comenta-se no Vasco que ele ficou até altas horas numa casa de shows na Zona Oeste da cidade, mesmo com treino de manhã. Participou do trabalho no gramado. Na sexta, deixou a movimentação no meio e depois foi diagnosticado com uma virose.

Sondagens de fora

O que chama a atenção é que Bernardo não tem exibido a mesma disposição para dar a volta por cima que o notabilizou como um jogador de fibra. Menos explosivo, espera a oportunidade sem reclamar publicamente por confiar em Adilson Batista, que o lançou no Cruzeiro. Mas, além de Douglas centralizado, o treinador gosta de formar a equipe com dois atacantes de ponta que recomponham na marcação, o que também não casa com a característica do xodó de muitos vascaínos. Everton Costa e Reginaldo vêm sendo elogiados pela função tática, e William Barbio é a opção posterior. Quando dois meias de ofício foram utilizados, Dakson foi o escolhido.

Nos bastidores, há quem confirme que o meia está determinado a jogar no exterior. Houve sondagens do futebol russo e de outro centro europeu. Além de contatos de clubes médios da Série A, de olho na situação. Mas, a princípio, a diretoria não estaria disposta a liberá-lo com facilidade.

Questionado sobre a força do banco de reservas, que contribuiu diretamente para arrancar o empate com o Fluminense, na quinta-feira, Adilson até citou Bernardo entre os nomes. Diego Renan, Fellipe Bastos e Thalles, contudo, foram as substituições feitas e que se revelaram certeiras na hora do gol.

- O Diego Renan já vinha jogando bem, mas achei melhor manter o Marlon no time. Diego é um jogador confiável, assim como Fellipe Bastos e Thalles. O Bernardo entrou no último jogo e é importante. Cada jogo tem uma história, uma característica, uma necessidade.

O trio, aliás, é amigo do meia. Thalles fez boa dupla com ele, mas também acabou preterido sob a alegação de que ainda não está pronto para ser titular e que disputa possível com Edmílson. O cenário para o talismã, como é chamado, porém, é bem mais favorável. Nas graças da torcida, deve ter seu contrato estendido na próxima semana, com aumento considerável, e é arma praticamente certa na etapa final caso o clássico esteja apertado mais uma vez. Já Bernardo...

Fonte: ge