Carlos Germano relembra seqüência invicta contra os grandes
Sem vencer um clássico este ano – foram três derrotas e um empate –, o Vasco terá contra o Fluminense mais uma chance de acabar com o jejum nos jogos de maior rivalidade. O retrospecto atual não lembra em nada o desempenho do time entre 1992 e 1993, quando ficou nada menos do que 17 partidas sem perder para
Flamengo, Fluminense e Botafogo.
O número é até hoje o recorde no Rio de Janeiro. Naquele time que fez história, a escalação começava sempre com Carlos Germano. O goleiro aponta a manutenção da base como o segredo para o sucesso.
– No Brasileiro de 1992, o Vasco terminou no terceiro lugar. O Carioca era disputado depois e apenas Bebeto deixou o time, sendo substituído pelo Dinamite. Fizemos uma campanha invicta – recorda.
Na ocasião, o Vasco acabou beneficiado indiretamente pela queda da barra de proteção da arquibancada do Maracanã na decisão entre Flamengo e Botafogo, pelo Brasileiro. Com o estádio interditado, todos os clássicos do Estadual foram realizados na Colina.
Em 1993, com o Maracanã reaberto, a superioridade prosseguiu.
A seqüência só foi quebrada no segundo jogo da final do Carioca, quando o time perdeu de 2 a 1 para o Fluminense. Nada que impedisse a conquista do bicampeonato.
– Tínhamos uma grande valorização dos jogadores da base e o conjunto era muito forte. Sempre nos dávamos bem nos clássicos – destaca Carlos Germano.
Confira o bate-bola com Carlos Germano, goleiro do Vasco na seqüência de 17 clássicos sem perder entre 1992 e 1993
- Germano, qual era o ponto forte daquele time do Vasco?
Nós tínhamos bons jogadoresem todas as posições. Além disso, Joel Santana fez um grande trabalho conosco.
- Foi muito difícil ficar tantos jogos sem perder um clássico?
Na verdade, nosso segredo era se concentrar nos jogos fora de casa contra os times pequenos. Chegávamos nos clássicos com tranqüilidade, e isso influencia.
- Por que o Vasco tem tido dificuldades para vencer os rivais?
Vejo o time com um conjunto inferior comparado aos rivais. Houve muitas mudanças e isso é sempre prejudicial. Além disso, os jogadores da base estão subindo num momento difícil.
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