Futebol

Carlos Germano relembra momento final da Libertadores

Em entrevista ao repórter Cláudio Perrout, da Rádio Globo, Carlos Germano relembra o momento final da partida decisiva entre Vasco x Barcelona de Guayaquil. A partida, vencida pelo Vasco por 2 x 1, gols de Luizão (24\" 1ºT), Donizete (46\" 1ºT), sacramentou a conquista da América pelo Vasco:
"Não tem como esquecer. Foi um ano importante pra gente, foi o ano do centenário do clube, e uma conquista de peso como a Libertadores. A gente já havia conquistado o estadual antes, mas o melhor estava por vir. Foi uma bola que eu ia bater o tiro de meta e o juiz caminhou na minha direção e pediu a bola. Eu peguei da risca da pequena área e entreguei pra ele. Naquela altura, foi só festa. Alegria, o torcedor vascaíno, os jogadores, estádio cheio, onde a gente enfrentou várias adversidades. Principalmente porque não deu nem pra trocar a roupa no vestiário, que estava cheio de fumaça, e teve que trocar a roupa no corredor. Então, teve tudo que não é normal mas tem numa Libertadores. Acho que foi a maior alegria nossa, a maior alegria do clube, principalmente pela data, pelo ano, pelo seu centenário, uma conquista como a Libertadores"

Sobre as dificuldades superadas pelo time enfrentando times poderosos como Grêmio, Cruzeiro, River Plate, América do México e Guadalajara:
"Na primeira fase da competição, a gente jogou as três partidas fora, que foram o Grêmio no Sul, o América, o Chivas, primeiro e depois o América, no México, os dois times mexicanos de maior tradição no país. Nesses três jogos,a gente teve que tirar a diferença em São Januário. Ganhamos todos esses jogos, acho que só empatamos mesmo com o América, no final, aqui, mas a gente já tinha passado da fase. Aí depois aquela seqüência, a gente pega o Cruzeiro, um time acostumado com a Libertadores, que a gente passou. Passou pelo Grêmio novamente, outro time também, que tem uma tradição enorme na Libertadores e a semifinal contra o River Plate, que tinha um time igual ao nosso, um time forte. Onde a gente fez a diferença foi aqui no jogo em São Januário, que a gente ganhou de um a zero. Lógico que pra eles foi uma vitória, porque eles estavam contando que iam tirar toda essa diferença lá no Monumental. Encontratam um Vasco bem armado, forte, fechado, sabendo o que queria. Eles até estavam conseguindo, mas teve aquele gol do Juninho, na falta. Eles não esperavam tanta perfeição, e o Juninho, ali, através daquela falta, e com um time bem montado, a gente conseguiu ir para a final, contra o Barcelona. Foram etapas fortes, fortíssimas, porque pegamos, na verdade, três times de tradição na Libertadores: Cruzeiro, Grêmio e o River Plate e depois, na final, a gente decidiu no último jogo fora de casa. Libertadores é sempre difícil, não é porque, de repente, você vai ganhar fora de casa, que dentro de casa você vai conseguir manter. A gente teve um exemplo esse ano, na Libertadores, com dois times do nosso país, o Flamengo e o Fluminense, não conseguiram chegar, porque existe muita dificuldade. Quando você pensa que as coisas caminham bem, que tá tudo certinho, tem alguma equipe que consegue reverter"

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