Carlos Alberto mostra suas virtudes e usa "defeitos" para ajudar
Durante a última semana, um dos principais assuntos em São Januário foi a importância da volta de Carlos Alberto. E por consequência, a falta que o meia fez nas duas derrotas seguidas no Campeonato Carioca. O camisa 10 retornou ao Vasco, e se não conseguiu ser decisivo, ao menos transformou o time no empate em 1 a 1 com o Fluminense, no último sábado.
Assim como nas três primeiras rodadas, o Vasco iniciou o clássico em estado de alerta máximo, ao contrário das duas últimas rodadas, nas quais mostrou certa apatia em alguns momentos. Carlos Alberto a todo momento orientava seus companheiros no gramado do Engenhão e imprimia velocidade e cadência nos momentos necessários. Era a experiência que Gaúcho tanto queria ver na equipe.
Carlos Alberto soube até mesmo usar a favor do Vasco o que muitos julgam ser seus maiores defeitos. Em alguns momentos o camisa 10 prendeu a bola: era preciso alguém para cadenciar o jogo e escolher a melhor jogada para vencer a defesa do Fluminense. Ele também abusou do jogo de corpo e do cotovelo levantado: sem ser violento, trombou com a marcação e brigou pela bola, mostrando que aquela equipe em formação e repleta de novatos poderia competir de igual para igual com o atual campeão brasileiro e carioca. O cartão amarelo que levou foi por reclamação, já no fim da partida.
Ele estava ali nas duas vezes em que o Vasco balançou a rede no primeiro tempo. Aos 16 minutos, deu o passe de cabeça para Tenorio marcar o gol, mas a arbitragem anulou, apontando toque de mão do equatoriano. Além disso, o meia estava em posição de impedimento. Aos 42 minutos, Carlos Alberto se posicionou para complementar o desvio de cabeça de Tenorio após cobrança de escanteio. Mas Jean se antecipou e fez o gol contra antes que o meia vascaíno pudesse marcá-lo (assista ao vídeo).
Na segunda etapa, Carlos Alberto mostrou queda de rendimento físico, muito por conta do tempo que ficou parado se recuperando de um estiramento na coxa esquerda. Além disso, passou a apostar mais nas jogadas individuais, diminuindo seu nível de produtividade. Mesmo assim, em nenhum momento deixou de lutar e transmitir aos seus companheiros o espírito necessário para tirar o Vasco da sequência de resultados negativos. A atuação foi mais do que aprovada pelo técnico Gaúcho.
- Nas vezes em que eu dirigi o Vasco, ele sempre me ajudou. Peço a Deus que ele não tenha mais contusões, porque em forma, ele ainda vai nos dar muitas alegrias. O Carlos Alberto joga em alto nível e não tem por que não pensar em Seleção. A única coisa que ele precisa é estar bem para aguentar a sequência de jogos - disse.
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