Carlos Alberto amarga estaleiro prolongado

Apesar do tratamento diário e da atenção dispensada pelos médicos do clube, o martírio de Carlos Alberto não deverá terminar tão cedo. Longe dos gramados, mesmo para treinamentos, desde a eliminação da Copa do Brasil para o Vitória, há 20 dias, o capitão vascaíno já corre riscos até de não voltar antes da paralisação para a Copa do Mundo. Tudo porque, como as dores no joelho direito não cessam, não há previsão para retorno.

- Ele não treinou no campo nos últimos dias, o que torna muito improvável sua escalação no domingo (contra o Botafogo, no Engenhão). Para os outros dois (Guarani e Santos), o espaço é maior. A princípio, não dá para fazer prognóstico. É uma lesão difícil - comentou o doutor Fernando Mattar, em referência a imprevisível e famigerada tendinite.

A distância para ambos os compromissos seguintes, no entanto, segue pequena. Daqui para a frente, o Brasileirão será disputado nos meios e nos fins de semana. Vale lembrar que, curiosamente, a previsão do próprio Carlos Alberto era de que em apenas alguns dias estaria liberado, o que deve aumentar a angústia do camisa 19, com o acúmulo de cerca de cinco lesões distintas na temporada. O trabalho do departamento cruzmaltino, por vezes, é até posto em xeque.

- Estamos acostumados com a pressão, estou há 20 anos nisso. Mas esse um trabalho a longo prazo, para resolver mesmo, muito mais completo. Das outras vezes, com o Carlos Alberto, era tudo emergencial, às pressas - colocou Mattar.

Enquanto isso, o novo técnico, Celso Roth, praticamente não tem meias para escalar. No último jogo, frente ao Avaí, na Ressacada, o meio de campo foi composto por quatro volantes. O capitão ainda depende de um acerto entre Vasco e Werder Bremen (ALE) para que permaneça em São Januário, ao menos, por mais seis meses.