Futebol

Carlinhos, que imitava topete de Felipe, pode jogar ao lado do ídolo

Quando era apenas um menino como tantos outros que sonham jogar futebol, Carlinhos buscou inspiração em Felipe, o então lateral-esquerdo vascaíno, até na hora de cortar o cabelo.

Agora, com 20 anos, já não mantém mais o topete no cabelo raspado. Titular na lateral esquerda em um time recheado de jovens, o jogador é a cara de uma equipe que passa uma fase de transição com a abertura da janela. Embora ainda não tenham tido seus nomes publicados no Boletim Interno Diário (BID) da CBF até ontem, a expectativa no clube é que isso aconteça hoje e Zé Roberto, Éder Luís e Felipe sejam liberados para estrear no sábado, contra o Atlético-GO, em São Januário. Assim, o encontro entre em campo entre fã e ídolo poderá finalmente acontecer.

— É complicado jogar ao lado do Felipe. Ele é meu ídolo no futebol — contou Carlinhos, sem esconder o sorriso. — Quando ele ficou sabendo que eu jogaria, me procurou para conversar e disse que a oportunidade que eu tive foi a mesma chance que ele teve.

Se Felipe aproveitou sua chance, Carlinhos já está em sua segunda. No Carioca de 2007, foi lançado nos profissionais por Romário, mas não agradou.

Com a contusão de Ramon e Ernani, voltou a ter chance no elenco e tem sido elogiado pelo treinador. Na última partida, cobrou a falta que resultou no gol vascaíno, no início do jogo.

— O futebol nos proporciona muitas coisas. O importante é continuar trabalhando para ver se me torno um ídolo dessa torcida, o que é o meu maior sonho — revelou Carlinhos, que também não vê a hora de contar com os reforços no time. — A expectativa é grande porque são ídolos, são craques. E é sempre bom contar com jogadores assim no time.

Mesmo se inscrito a tempo, Carlos Alberto ficará de fora da partida de sábado. O meia ainda recupera a forma e PC Gusmão deve utilizá-lo apenas contra o Flamengo, no dia 1ode agosto.

O paraguaio Irrazábal, que ainda regulariza o visto de trabalho, também ficará de fora.

O elenco vascaíno está junto desde segunda-feira, quando se concentraram para a partida contra o Grêmio. Ontem, chegaram ao Rio, treinaram e voltaram a se concentrar. Autor do gol no empate em Porto Alegre, o atacante Nunes confessou não gostar de concentração, mas lembrou que o período é importante. Apesar de estar ameaçado pelos reforços, disse torcer para que possam jogar. Nunes garantiu também que o entrosamento não vai atrapalhar, porque todos já estão treinando juntos: — Eles vão fazer muita diferença.

Jogadores muito importantes, consagrados e que vão deixar o grupo muito forte para buscar uma vaga no G-4

(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal O Globo)

Fonte: Jornal O Globo