Futebol

Briga entre Vasco e Habib´s está longe de terminar

Rio - A queda de braço entre o Vasco e Habib\"s promete uma longa novela no judiciário. Nesta quarta-feira os funcionários da rede de comida árabe foram impedidos de entrar em São Januário para trabalhar no jogo contra o Americano. O clube alega que o contrato com o Habib\"s foi rescindido de forma unilateral por descumprimento de cláusula e que não possui mais nenhum vínculo com o antigo patrocinador. Mas a recusa pode custar caro aos cofres vascaínos.

Na semana que antecedeu ao clássico com o Flamengo, o Habib\"s conseguiu uma intimação do Tribunal de Justiça de São Paulo que obriga o Vasco a voltar a estampar a logo da empresa na manga e ainda a pagar, em caso de descumprimento, R$ 100 mil por jogo. Do clássico até o jogo de hoje a conta já chega a R$400 mil. A sentença exige ainda que o clube terá que informar ao Habib\"s o local onde deverá ser construído o restaurante, já que para a Justiça o contrato está em vigência.

Nos últimos dois anos a empresa apresentou várias plantas à diretoria que nunca foram aprovadas, com isso deixou de investir R$1,3 milhão, em São Januário. Se o Vasco não conseguir revogar a medida cautelar, terá que pagar as contas e o prejuízo do antigo patrocinador e ainda voltar a estampar a marca do Habib\"s em sua manga.

Outra alternativa é simplesmente pagar a multa de rescisão contratual que é de R$ 3 milhões. Mostrando serenidade, o vice- presidente jurídico do Vasco, Nelson de Almeida, não se mostra preocupado.

\"Eles tinham o prazo até o dia 10 de março para retirar todos os equipamentos.Deixamos eles trabalharem aqui por três jogos para não deixar os torcedores sem alimentação\", explicou o dirigente. \"Consideramos o contrato rescindido e não reconhecemos a intimação, porque o documento foi jogado por um oficial de justiça no clube\".

Nelson informou ainda que o Vasco vai contratar dois grandes escritórios de advocacia em São Paulo e Brasília que vão entrar nos próximos dias com um pedido de revogação da medida cautelar. O contrato com o Habib\"s foi firmado na gestão anterior e rendia aos cofres do clube cerca de R$ 350 mil por ano, valor considerado irrisório pela atual diretoria.

Fonte: O Dia