Breno dribla a desconfiança e brilha no Vasco
Depois de atuar apenas em três jogos este ano, Breno está pronto para voltar. Livre das insistentes dores no joelho, ele se prepara durante a intertemporada, em Pinheiral-RJ, para recuperar o tempo perdido. A tendência é de que ele já retorne como titular, de acordo com o que o técnico Jorginho tem deixado indicado nos treinamentos.
Em entrevista, Breno comentou a rápida identificação com o Vasco, o bom ambiente com os companheiros, que lhe deram o apelido de "Foguinho", e fez uma análise sobre o que tem acompanhado na Copa do Mundo. Considerado um candidato a ter uma carreira longa na Seleção quando iniciou no São Paulo, o zagueiro disse que não guarda um sentimento ruim por não estar na Rússia agora.
- Se Deus me deu esse caminho, é esse que eu tenho que seguir. Não vou ficar me queixando. Aconteceu... Podia estar em outra situação, mas também estou feliz. Não posso reclamar da vida não.
Confira a entrevista completa com Breno:
GloboEsporte.com: Você criou uma identificação rápida com o Vasco e logo ganhou a confiança da torcida. Como foi esse processo para você?
Breno: Para mim foi muito bom, até porque havia uma desconfiança no ano passado quando cheguei, para ser sincero. Acho natural, eu não vinha jogando no São Paulo. Eu sempre dizia que poderia acabar com essa desconfiança do torcedor dentro de campo. E eu pude no dia a dia mostrar aos treinadores que aqui passaram que eu podia ser titular. Fui abraçando as oportunidades.
Neste cenário, a renovação no fim de 2017 foi algo natural...
Foi. No ano passado consegui uma sequência boa e essa desconfiança passou em pouco tempo. A torcida passou a confiar bastante em mim, e isso me ajudou a fazer esse novo contrato com o Vasco.
Neste ano o tema dos números negativos da defesa foi recorrente. Você só conseguiu disputar três jogos, qual análise faz como observador do desempenho do time?
Para mim, esse início de ano foi difícil, porque tive a lesão e não conseguia me recuperar. O bom dessa parada é que agora eu estou bem, e acho que vou até o fim do ano, se Deus quiser, sem lesão. Mas no ano passado já tivemos esse problema da defesa. Começamos mal, depois fomos acertando. O Jorginho chegou agora e focou bastante na defesa. Acredito que vamos melhorar. E não é só a defesa, é o time todo. O grupo todo que leva gol. Sempre há algo a ser melhorado, e é nisso que estamos trabalhando.
E como vai estar o Breno neste retorno após a Copa?
Agora estou zero. Treinando dois períodos sem sentir dor alguma. Mas sempre faço prevenção e tratamento para me manter inteiro.
Você é muito querido pelos companheiros desde que chegou, até pelos mais novos. E aparentemente não se importa nem com o apelido "Foguinho" que eles brincam até nas redes sociais...
Eu acho que quando tem que ser sério, sou sério. Mas os momentos de descontração, de dar risada, são necessários. No trabalho é importante deixar o ambiente gostoso. Eu, Wellington... tem muita gente do bem brincando. E aqui em Pinheiral estamos ficando mais próximos. Aqui estamos como em uma segunda família.
Tem conseguido acompanhar bem a Copa do Mundo? Para você é possível assistir aos jogos sem imaginar que poderia estar lá, como era a previsão de muita gente quando surgiu como prodígio no São Paulo e foi para o Bayern?
Eu olho, mas não fico remoendo não. Se Deus me deu esse caminho, é esse que eu tenho que seguir. Não vou ficar me queixando. Aconteceu... Podia estar em outra situação, mas também estou feliz. Não posso reclamar da vida não.
Para você que jogou na Alemanha, a eliminação precoce dos atuais campeões foi uma grande surpresa? Torceu para eles?
Eu torci um pouco para a Alemanha sim, mas claro que sou Brasil sempre. Acho que os alemães chegaram achando que seriam campeões novamente, mas estamos vendo nessa Copa que não é assim. Uma Islândia, que ninguém dava nada, jogou fechadinha e conseguiu um bom resultado contra a Argentina. Não tem seleção ruim mais. Quando a Alemanha venceu com aquele gol do Kroos no finzinho, até brinquei dizendo que tinham acordado o time deles. Mas acabou que pegaram a Coreia e perderam.
Futebol tem isso. Você acha que tem um favorito, aí vai e tropeça frente a um outro que ninguém espera. A Copa tem nos mostrado isso. Você aprende muito. O jogo do Brasil contra a Bélgica vai ser muito difícil, eles têm um ataque muito forte, com jogadores bons e experientes.
Mas a zaga do Brasil está muito bem também, não é?
A zaga do Brasil é diferenciada. Nunca trabalhei com Tite, mas dá para ver que faz um trabalho fora de série.
O que mais te chama a atenção na defesa do Brasil? Posicionamento, qualidade técnica...?
Eu joguei com o Thiago Silva na Olimpíada, é um fora de série. Não tem o que falar, não vejo defeitos nele. As pessoas falam pouco no Miranda, que faz um arroz com feijão, mas para mim ele é o top. O Miranda não perde uma bola, faz o simples para não errar. Gosto muito do Miranda, joguei com ele no São Paulo. O Casemiro também ajuda muito.
Qual é o seu maior desejo para este ano?
Para mim, quero muito ter uma sequência boa até o fim do ano. Mas uma sequência com vitórias. Não adianta eu conseguir jogar até o fim do ano e o time não ir bem.
Em 2017 você disputou 25 jogos. Este ano, por enquanto ainda fez apenas três. Ainda dá para alcançar ou ultrapassar esse número?
Ano passado joguei bastante, mas acho que ainda dá sim. Estreei em 2017 no início do Brasileiro, que foi a única competição que disputamos. Acredito que dá para igualar ou até jogar mais. Vai depender de mim mesmo.
Fonte: geMais lidas
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