Brasil de Romulo perde para o México e ganha prata: 2 a 1
O título ainda não veio. O Brasil vai ter que esperar até 2016 para voltar a lutar por sua primeira medalha de ouro olímpica. A Seleção fez a final na manhã deste sábado em Wembley, perdeu para o México por 2 a 1, e vai ter que se contentar com a medalha de prata, a terceira que conquista.
O gol que a Seleção levou antes do primeiro minuto, o mais rápido da história olímpica, balançou com o Brasil, que demorou a entrar no jogo, e deu tempo ao México se organizar em campo para manter o resultado.
Foi a quinta medalha olímpica conquistada pelo Brasil no futebol masculino. Levou a prata em 1984 e 1988, e o bronze em 1996 e 2008. E para o México, o ouro é inédito.
O JOGO
A partida praticamente começou 1 a 0 para o México. O primeiro gol saiu aos 28 segundos de jogo após uma falha no sistema defensivo brasileiro. Depois da saída, a Seleção recuperou a bola, mas Rafael tocou totalmente na fogueira para Sandro, Aquino foi mais inteligente e rápido que o volante, roubou a bola, tocou para Peralta, que chutou bem de fora da área.
O lance assustou a equipe de Mano Menezes. Demorou um pouco para haver uma recuperação e o Brasil conseguir colocar a bola no chão, tocar a bola e chegar ao gol de Corona. Só pelos 15 minutos que conseguiu ir para a frente, conseguiu um escanteio, mas não levou nenhum perigo para o México. O primeiro chute foi aos 19, após jogada de linha de fundo de Damião, e Oscar arriscou, mas a finalização saiu fraca.
O México, com a vantagem no placar, levava a partida de forma tranquila. Tocava a bola, arriscava de longe, e também batia um pouco. A formação brasileira não deu certo no início. Alex Sandro não dava o suporte esperado pelo lado esquerdo, e a direita ficava enfraquecida tendo Rômulo como um volante mais avançado, faltava a agressividade de um jogador como o Hulk pelo setor. A Seleção estava capenga, jogava apenas por um flanco.
Mano não demorou para ver isto e lançou Hulk no lugar de Alex Sandro, seu companheiro de Porto. E os lances de perigo começaram a sair. O primeiro foi em boa jogada de Marcelo, a bola não chegou para Neymar, nem Damião. Pouco depois, Hulk soltou uma pancada do meio da rua, e Corona quase deu rebote para o centroavante. Ainda na sequência, ele mesmo fez trabalho de pivô para chute do lateral-esquerdo, que foi para fora. O segundo tempo terminou neste ritmo, com bons lances do Brasil, e esperança de uma etapa final melhor.
SEGUNDO TEMPO
E assim começou. Hulk deu uma arrancada clássica dele pelo lado, o que foi raro na Olimpíada, e conseguiu um bom lance antes do primeiro minuto. Logo depois, Neymar arriscou de longe e tentou se infiltrar na área mexicana. O Brasil estava ofensivo e dava impressão de que o gol seria questão de tempo. Mas ele passava, e nada da rede balançar.
Até que o México teve chance. Thiago Silva rebateu de forma esquisita em cima de Fabian, que arriscou uma bicicleta tão estranha quanto. Acabou batendo no travessão. E Peralta ainda fez um gol anulado depois disso. A diminuição do ímpeto brasileiro levou Mano a mexer outra vez e ir para cima. Tirou Sandro para colocar Alexandre Pato.
Mas não deu, pelo contrário. Falta lateral marcada de forma duvidosa na área cobrada por Fabian, e toda a defesa apenas enxergou Peralta subir e cabecear com perfeição para ampliar. Daí para o fim, o nervosismo tomou conta do Brasil, não conseguiu armar nada, e teve até discussão feia entre Rafael e Juan. O zagueiro ouviu poucas e boas do lateral-direito. Hulk ainda conseguiu achar o gol aos 45 minutos e botou fogo no jogo, mas o México soube se segurar e garantiu a medalha de ouro em Londres.
FICHA TÉCNICA:
BRASIL 1X2 MÉXICO
Local: Estádio Wembley, Londres (ING)
Data-hora: 11/08/2012, às 11h (de Brasília)
Árbitro: Mark Clattenburg (ING)
Auxiliares: Stephen Child (ING) e Simon Back (ING)
Gols: Peralta (0\"28\"/1ºT), Peralta (29\"/2ºT) e Hulk (45\"/2ºT)
Cartões amarelos: Marcelo (BRA), Reyes (MEX), Vidrio (MEX)
Cartões vermelhos: Não houve
BRASIL: Gabriel, Rafael da Silva (Lucas, 39\"/2ºT), Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro (Alexandre Pato, 25\"/2ºT), Rômulo, Alex Sandro (Hulk, 31\"/1ºT) e Oscar; Neymar e Leandro Damião. Técnico: Mano Menezes
MÉXICO: Corona; I. Jimenez (Vidrio, 35\"/2ºT), Salcido, Mier e Chavez; Reyes, Enriquez, Herrera e Fabian; Aquino (Ponce, 11\"/2ºT) e Peralta (R. Jimenez, 40\"/2ºT). Técnico: Luis Fernando Tena
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