Política

Boletim de Ocorrência some e Vasco pode perder mandos de campo

A torcida do Vasco pode demorar a ver a estréia de seu time em São Januário pelo Campeonato Brasileiro da Série B. No jogo em que foi decretado seu rebaixamento, o Gigante da Colina pode pagar caro pela revolta de alguns torcedores, que podem prejudicar ainda mais o seu clube do coração. Depois de alguns objetos serem atirados em campo durante a partida contra o Vitória/BA, no último domingo, dia 7 de dezembro, agora o Vasco poderá ser multado e perder mando de campo no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

A situação do Vasco poderia ficar tranqüila caso fosse identificado os responsáveis pela ação. Isso até foi feito, segundo relatou na súmula o árbitro Alicio Pena Júnior. Mas o sumiço de um Boletim de Ocorrência pode deixar a situação do clube bem difícil no julgamento que será realizado pela Segunda Comissão Disciplinar na próxima terça-feira, dia 16 de dezembro, a partir das 18h.

Durante o segundo tempo da partida foram lançados os seguintes objetos no campo de jogo pela torcida do Vasco: um rádio de pilha, um copo descartável com líquido dentro, duas latas de refrigerantes vazias e um sinalizador. O árbitro informou que foi feito um Boletim de Ocorrência pela Polícia Militar, identificando um torcedor que teria efetuado o arremesso de algum objeto.

Porém, de acordo com o próprio árbitro, em documento anexado à denúncia, ele foi avisado por uma funcionária da CBF que no envelope com os documentos da partida não constava o protocolo do BO identificando a pessoa que teria atirado objeto no campo de jogo. Alício Pena salientou que tal documento foi junto à súmula e colocado dentro de um envelope que foi lacrado e assinado por ele, e por outros quatro árbitros presentes ao jogo.

O Vasco acabou denunciado no artigo 213 (Deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), no qual a pena prevista é de multa de R$ 10mil a R$ 200mil e perda do mando de campo de uma a dez partidas.

Fonte: Site do TJ-RJ