Blogueiro: Novo Maracanã não é o Maracanã
Já falei sobre a polêmica a respeito da rampa da UERJ no Torcida Carioca. Mas cabe falar mais algumas coisas a respeito.
Começo falando o óbvio: como foram os tricoletes que assinaram com os administradores da Arena Maracanã, eles têm todo o direito de se aboletarem onde quiserem dentro do estádio. Assim como não têm que ceder aos pedidos do Vasco para que deixem os vascaínos entrarem no clássico de domingo por onde SEMPRE entraram.
Os tricoflores estão corretíssimos por um motivo simples: A Arena Maracanã não é O Maracanã. É um outro estádio, no qual o Vasco não realizou qualquer partida.
A Arena Maracanã é um estádio novo em folha, gerido por um consórcio de empresas que é comandado por executivos muito bem preparados com as mais modernas práticas administrativas e com um único e claro objetivo: o lucro. Nada contra o lucro, obviamente. Mas querer dizer que aquilo ali é o Maracanã, me desculpem, mas não é.
No Maracanã, lugar que podíamos chamar de segunda casa e palco de muitas das nossas maiores conquistas, a torcida do Vasco tinha seu lugar cativo no lado direito das cabines de rádio do estádio, desde que o clube foi campeão estadual em 1950 e conquistou esse direito.
Já na Arena Maracanã, não sei sequer se há cabines de rádio. E pelo visto, também não há o menor respeito pela história do estádio que o precedeu no mesmo endereço.
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Mas tem uma coisa nessa história toda que eu não entendi
A torcida do Vasco vive se vangloriando, e com toda razão, de ser o único grande do Rio a ter um estádio próprio. Aí, quando os sem-teto correm para fazer acordos com o estádio que-devia-ser-público-mas-não-será-pelos-próximos-35-anos e fazem suas exigências, a culpa é da diretoria?
Basta pensar um pouco: o Vasco tem São Januário e só mandaria na Arena Maracanã jogos contra os três rivais cariocas. Contando Estadual e Brasileiro, isso daria menos de 10 partidas por ano. Mesmo que a diretoria vascaína corresse para fechar algum acordo com os administradores do novo estádio, por que o Vasco teria a preferência para escolher, a frente dos outros clubes que terão mais de 30 jogos por temporada na Arena qualquer coisa que seja no estádio?
Se é pra procurar responsáveis pela lambança, há fatos que não podem ser ignorados: a diretoria do Fluzim fez o lógico e pediu ao consórcio que a entrada do Bellini fosse fixa para sua torcida (lógico porque os tricoletes usam muito mais essa entrada, já que só usavam a rampa da UERJ nos jogos contra o Framengo). Foi o consórcio que negou o pedido aos cartolas do Flumined: como ainda negociavam com a mulambada, não queriam desagradá-los cedendo justamente seu lugar fixo no estádio.
Resumindo: o Vasco não tinha porque correr para fechar qualquer acordo com os administradores da Arena Maracanã, já que tem seu próprio estádio. E se os tricoletes vão ficar com a rampa da UERJ é única e exclusivamente porque não tiveram cacife para negociar o lado do estádio a que estavam mais acostumados a usar. E também, claro, porque o consórcio não teve peito pra desagradar a mulambada.
É o que eu falo: o que não falta é motivo pra criticar a atual gestão. Não é necessário colocar na conta dela o que ela não é responsável.
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Por falar em motivo para criticar a diretoria: tá certo que criticar um jogador antes dele entrar em campo é injusto e pedir para queimar a língua. Mas o que justifica a contratação do tal de Willie?
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